sábado, 8 de outubro de 2011

ALEGORIA DA CAVERNA

Depois disto – prossegui eu – imagina a nossa natureza, relativamente à educação ou à sua falta, de acordo com a seguinte experiência. Suponhamos uns homens numa habitação subterrânea em forma de caverna, com uma entrada aberta para a luz, que se estende a todo o comprimento dessa gruta. Estão lá dentro desde a infância, algemados de pernas e pescoços, de tal maneira que só lhes é dado permanecer no mesmo lugar e olhar em frente; são incapazes de voltar a cabeça, por causa dos grilhões; serve-lhes de iluminação um fogo que se queima ao longe, numa eminência, por detrás deles; entre a fogueira e os prisioneiros há um caminho ascendente, ao longo do qual se construiu um pequeno muro, no género dos tapumes que os homens dos "robertos" colocam diante do público, para mostrarem as suas habilidades por cima deles.
– Estou a ver – disse ele.
– Visiona também ao longo deste muro, homens que transportam toda a espécie de objectos, que o ultrapassam: estatuetas de homens e de animais, de pedra e de madeira, de toda a espécie de lavor; como é natural, dos que os transportam, uns falam, outros seguem calados.
– Estranho quadro e estranhos prisioneiros são esses de que tu falas – observou ele.
– Semelhantes a nós – continuei -. Em primeiro lugar, pensas que, nestas condições, eles tenham visto, de si mesmo e dos outros, algo mais que as sombras projectadas pelo fogo na parede oposta da caverna?
– Como não – respondeu ele –, se são forçados a manter a cabeça imóvel toda a vida?
– E os objectos transportados? Não se passa o mesmo com eles ?
– Sem dúvida.
– Então, se eles fossem capazes de conversar uns com os outros, não te parece que eles julgariam estar a nomear objectos reais, quando designavam o que viam?
– É forçoso.
– E se a prisão tivesse também um eco na parede do fundo? Quando algum dos transeuntes falasse, não te parece que eles não julgariam outra coisa, senão que era a voz da sombra que passava?
– Por Zeus, que sim!
– De qualquer modo – afirmei – pessoas nessas condições não pensavam que a realidade fosse senão a sombra dos objectos.
– É absolutamente forçoso – disse ele.
– Considera pois – continuei – o que aconteceria se eles fossem soltos das cadeias e curados da sua ignorância, a ver se, regressados à sua natureza, as coisas se passavam deste modo. Logo que alguém soltasse um deles, e o forçasse a endireitar-se de repente, a voltar o pescoço, a andar e a olhar para a luz, ao fazer tudo isso, sentiria dor, e o deslumbramento impedi-lo-ia de fixar os objectos cujas sombras via outrora. Que julgas tu que ele diria, se alguém lhe afirmasse que até então ele só vira coisas vãs, ao passo que agora estava mais perto da realidade e via de verdade, voltado para objectos mais reais? E se ainda, mostrando-lhe cada um desses objectos que passavam, o forçassem com perguntas a dizer o que era? Não te parece que ele se veria em dificuldades e suporia que os objectos vistos outrora eram mais reais do que os que agora lhe mostravam?
– Muito mais – afirmou.
– Portanto, se alguém o forçasse a olhar para a própria luz, doer-lhe-iam os olhos e voltar-se-ia, para buscar refúgio junto dos objectos para os quais podia olhar, e julgaria ainda que estes eram na verdade mais nítidos do que os que lhe mostravam?
– Seria assim – disse ele.
– E se o arrancassem dali à força e o fizessem subir o caminho rude e íngreme, e não o deixassem fugir antes de o arrastarem até à luz do Sol, não seria natural que ele se doesse e agastasse, por ser assim arrastado, e, depois de chegar à luz, com os olhos deslumbrados, nem sequer pudesse ver nada daquilo que agora dizemos serem os verdadeiros objectos?
– Não poderia, de facto, pelo menos de repente.
– Precisava de se habituar, julgo eu, se quisesse ver o mundo superior. Em primeiro lugar, olharia mais facilmente para as sombras, depois disso, para as imagens dos homens e dos outros objectos, reflectidas na água, e, por último, para os próprios objectos. A partir de então, seria capaz de contemplar o que há no céu, e o próprio céu, durante a noite, olhando para a luz das estrelas e da Lua, mais facilmente do que se fosse o Sol e o seu brilho de dia.
– Pois não!
– Finalmente, julgo eu, seria capaz de olhar para o Sol e de o contemplar, não já a sua imagem na água ou em qualquer sítio, mas a ele mesmo, no seu lugar.
– Necessariamente.
– Depois já compreenderia, acerca do Sol, que é ele que causa as estações e os anos e que tudo dirige no mundo visível, e que é o responsável por tudo aquilo de que eles viam um arremedo.
– É evidente que depois chegaria a essas conclusões.
– E então? Quando ele se lembrasse da sua primitiva habitação, e do saber que lá possuía, dos seus companheiros de prisão desse tempo, não crês que ele se regozijaria com a mudança e deploraria os outros?
– Com certeza.
– E as honras e elogios, se alguns tinham então entre si, ou prémios para o que distinguisse com mais agudeza os objectos que passavam e se lembrasse melhor quais os que costumavam passar em primeiro lugar e quais em último, ou os que seguiam juntos, e àquele que dentre eles fosse mais hábil em predizer o que ia acontecer – parece-te que ele teria saudades ou inveja das honrarias e poder que havia entre eles, ou que experimentaria os mesmos sentimentos que em Homero, e seria seu intenso desejo "servir junto de um homem pobre, como servo da gleba", e antes sofrer tudo do que regressar àquelas ilusões e viver daquele modo?
– Suponho que seria assim – respondeu – que ele sofreria tudo, de preferência a viver daquela maneira.
– Imagina ainda o seguinte – prossegui eu -. Se um homem nessas condições descesse de novo para o seu antigo posto, não teria os olhos cheios de trevas, ao regressar subitamente da luz do Sol?
– Com certeza.
– E se lhe fosse necessário julgar daquelas sombras em competição com os que tinham estado sempre prisioneiros, no período em que ainda estava ofuscado, antes de adaptar a vista – e o tempo de se habituar não seria pouco – acaso não causaria o riso, e não diriam dele que, por ter subido ao mundo superior, estragara a vista, e que não valia a pena tentar a ascensão ? E a quem tentasse soltá-los e conduzi-los até cima, se pudessem agarrá-lo e matá-lo, não o matariam?
– Matariam, sem dúvida – confirmou ele.
– Meu caro Gláucon, este quadro – prossegui eu – deve agora aplicar-se a tudo quanto dissemos anteriormente, comparando o mundo visível através dos olhos à caverna da prisão, e a luz da fogueira que lá existia à força do Sol. Quanto à subida ao mundo superior e à visão do que lá se encontra, se a tomares como a ascensão da alma ao mundo inteligível, não iludirás a minha expectativa, já que é teu desejo conhecê-la. O Deus sabe se ela é verdadeira. Pois, segundo entendo, no limite do cognoscível é que se avista, a custo, a ideia do Bem; e, uma vez avistada, compreende-se que ela é para todos a causa de quanto há de justo e belo; que, no mundo visível, foi ela que criou a luz, da qual é senhora; e que, no mundo inteligível, é ela a senhora da verdade e da inteligência, e que é preciso vê-la para se ser sensato na vida particular e pública.»
Platão, República, 514a-517c, Lisboa, 1987, Fundação Calouste Gulbenkian

TAREFA
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25 comentários:

Anónimo disse...

Quando estamos presos a uma única realidade e, é-nos dado um novo enquadramento de vida, por vezes o deslumbramento é tão grande que não nos apercebemos que a “antiga vida” completa a nova.
E ao olharmos para novos objectos e não nos ocorrer uma justificação para o que são, apercebemo-nos que os objectos de outrora eram mais fáceis de olhar e então concluir algo.
Com isto quero dizer que para tudo precisamos de hábito, depois então deste enquadramento podemos olhar para a verdade mais facilmente.
Após algum tempo, conseguimos compreender a necessidade de certas coisas que até então nos eram desconhecidas.
Porém perder tudo o que construímos até à “nova vida”, faria com que alguma raiva crescesse dentro de nós e então, éramos capazes de fazer de tudo para voltar ao “topo”.
Mas quando a ascensão é feita com a ideia do Bem, ao ser-se sensato na vida privada e pública, não interessa a forma de como crescemos ou a liberdade que tínhamos porque, a luz do bem é para todos e é justa.


Susana Valério 10ºD nº26

Anónimo disse...

Se a ignorância tomar conta de nós, ao minímo acontecimento ficamos deslumbrados e impressionados. As sombras na parede eram uma realidade para os prisioneiros, só eles poderiam imaginar o que lá estava. Quando realmente soubessem o que era, iriam preferir não saber pois não estariam habituados a ver a realidade como ela é.

Anónimo disse...

Sofia Rodrigues Nº 24 10ºD

Anónimo disse...

Os homens que estavam dentro da caverna transportavam objectos cujo as sombras se viam nas paredes. Eles estavam tão habituados a ver as sombras que o simples facto de se virarem para traz e olharem para a luz, lhes fazia doer o pescoço, ou seja, não conseguiam olhar para outra realidade. E os que conseguiam tinham de se habituar à luz do sol. Podia ser esquisito ver outra realidade mas alguns habituavam-se, outros ao ver outra realidade começavam a pensar em regressar para a caverna, e ainda outros não sabiam o que era melhor a luz do sol ou a sombra da caverna , assim só se tivessem num meio termos é que conseguiam voltar a viver a sua vida como antes.

Bruno Henriques Nº6 10ºD

Fábio Martins disse...

Platão, nesta alegoria da caverna quis destacar o papel essencial da filosofia na busca do conhecimento.
As sombras no fundo da caverna representam as opiniões dos prisioneiros, como estavam presos sem poderem voltar-se para a entrada, o que veêm são as imagens projectadas na parede devido ao lume da fogueira. Eles, os prisioneiros, acreditavam que as imagens eram realidade.
Platão quis diferenciar o conhecimento verdadeiro da mera opinião. Na alegoria, os prisioneiros encontram-se imersos na escuridão da caverna, o que significa que estavam mergulhados na ignorância, logo as suas opiniões não passavam de sombras, meras imagens do verdadeiro conhecimento.
O verdadeiro conhecimento, nesta alegoria, é representado pelo Sol,o Sol é a filosofia a iluminar as mentes escurecidas pelas sombras.

Fábio Laranjeira Nº11 10ºD

Armando' disse...

Uma pessoa que nunca tenha "visto nada" fica logo abebislica . Essa pessoa sente-se confusa ao ver todas essas coisas novas e com isso pode sofrer dor, tanto fisica como psicologica .
Com o passar do tempo esse individo apercebe-se da necessidade desses obrjectos antigamente desconhecidos !
Possivelmente quem estivesse nesta situação sentiria-se confuso pois não saberia bem se devia conhecer o desconhecido ou permanecer no seu mundo simples e escuro .
Em suma, todo o texto quer dizer que o conhecimento nem sempre é de todos e nem sempre é da mesma maneira, ou seja, pode haver o conhecimento do mundo real que é aquele em que nós estamos e pode haver o conhecimento do seu próprio mundo, o mundo criado por cada pessoa !

Anónimo disse...

Platão, quando apresentou esta alegoria, queria dizer que os homens que estavam presos desde a infância e o homem que se libertou era um homem que estava "preso" à vida, não tinha como sair dela.
Um dia foi para aquilo a que se chama o mundo superior, aquilo que por Deus é conhecido como o "Bem".
Não conseguiria logo endireitar-se, voltar o pescoço, a andar, e a olhar para a luz de repente, porque tudo aquilo era uma realidade a que ele não estava habituado, ainda não acreditava que esta realidade existia.
O muro que quando ele estava preso se colocava entre ele e a fogueira significava que as sombras que ele vira nele transmitidas era o que ele pensava que seria o outro lado, não tendo ideia da verdadeira realidade não imaginava que era a realidade do "Bem".



Andreia Santos Nº2 10ºD

silvia disse...

Este texto, fala-nos sobre as sombras e os objectos que são transportados sem ninguém saber.. Nesta caverna os prisioneiros estão amarrados desde a sua infância, com correntes nos pescoço nas suas pernas, evitando assim movimentos ,e mesmo que tentassem, faziam causar dores insuportáveis. Dentro dessa caverna existia uma fogueira que a suas chamas faziam com que os prisioneiros ignorantes ficassem pasmados e também muito impressionados com as sombras dos objectos que por ali passavam. Todos os prisioneiros ficavam pensativo de que objectos eram aqueles, mas no fundo tudo aquilo era uma pura ilusão , porque tendo uma infância tão traumatizada com os prisioneiros alguns deles nunca iram aceitar a verdade desses objectos , muitos deles por actos involuntário iram voltar novamente para a caverna . outros talvez tentassem refazer a sua por gosto de querer saber aprender..

Anónimo disse...

No mundo existe a realidade e a ilusão.
A realidade dos prisioneiros era bastante diferente da realidade a que estamos habituados.Estes prisioneiros que durante toda a vida viveram isolados do mundo numa caverna subterrânea presos a uma única realidade, acreditavam que aquilo a que estavam habituados era a normalidade de todo o mundo, ou seja a ignorância tomava conta deles.
Ao saírem dessa caverna e darem-se conta que a realidade fora dela era bastante diferente daquela a que estavam habituados,chegariam á conclusão de que este novo enquadramento de vida era bastante mais deslumbrante do que a vida a que estavam habituados. Conheceriam assim uma nova realidade, onde tudo o que estaria á volta deles lhes era indiferente, visto que não encontrariam justificação para o que viam.

Ana Beatriz nº1 10ºD

Anónimo disse...

Neste texto, Platão quis mostrar o quão importante é vermos as coisas como elas realmente são. Aqui, está a comparar aquilo que os homens observam, ou aquilo que os homens pensam que é a realidade, com a filosofia. Ou seja, como tudo na vida, pensamos que as coisas são só e apenas como nós as vemos. Aqui, os prisioneiros apenas conhecem aquilo que observam através da sombra, não conseguindo associar a sombra aos objectos na realidade. É como no dia-a-dia, nós respondemos a imensas perguntas sem argumentar estas respostas. Na filosofia, quando filosofamos, temos de argumentar as nossas escolhas. Podemos apenas responder a estas questões através do nosso pensamento, através daquilo que sabemos, daquilo que conhecemos. Assim como os prisioneiros, definiam algo apenas por aquilo que viam, pelas sombras que viam, por aquilo que conheciam!


Inês Ferreira 10ºD nº15

Anónimo disse...

Platão quer realçar com este texto que nem tudo o que parece é, e que a filosofia serve para irmos em busca do conhecimento. Os prisioneiros quando viam as sombras imaginavam a realidade tal como lhes parecia, e tentavam adivinhar o que era.

Daniel Carvalho nº10 10ºD

Anónimo disse...

Quando estamos habituados a uma rotina diária tão constante, por vezes é difícil sair desta rotina para nos acostumarmos a outra talvez melhor. Se estes homens, que viveram toda a sua vida acorrentados, presos naquela caverna simplesmente vendo uma pequena luz reflectida, ouvindo os ecos das vozes e vendo as sombras refletidas no fundo da caverna se conseguirem um dia libertar, não será fácil se acostumarem à luz do sol pois esta ofuscar-lhes-á a visão. Não irão logo associar as vozes nem as sombras às pessoas que por ali passavam. Provavelmente começarão por se acostumar a luzes mais fracas, como a luz da noite, a luz da lua, pois o sol causar-lhes-á estranheza, desconforto. Só mais tarde conseguirão contemplar a luz do sol. Só aí perceberão a importância do sol e que o sol governa todas as coisas, incluindo as sombras que viam ao fundo da caverna.

Joana Duarte 10ºD Nº 16

Anónimo disse...

Uma coisa e certa que quando nos prendemos a uma realidade só acreditamos que só essa realidade existe.Quando ouvimos uma opinião de outra pessoa completamente diferente as vezes ate a julgamos pela sua forma de pensar.
O que Platão quer realçar nesta alegoria e que a filosofia e uma corrida constante em busca do conhecimento.

Cristina Duarte nº9 10ºD

Anónimo disse...

Todos os prisioneiros que se encontram só a olhar para as sombras não percebem realmente o que se encontra lá. estes tentam imaginar tudo o que seja melhor do que está ali, tentam imaginar o que queriam para eles, quando saem da prisão e encontram o sol, a luz, percebem que aqueles objectos não são realmente aquilo que pensavam aquilo que tinham imaginado desde a sua infância. e quando chegam a luz questionam-se se aquilo era mesmo aquilo que tinham desejado durante tantos anos. Ou seja todos os anos que se encontravam dentre da prisão pensavam em como seria estar lá fora ao pé do sol, da realidade, mas quando chegaram lá e viram realmente que tudo era um simples acaso, pensavam nos anos que perderam a pensar naquilo que nem era o que eles queriam para eles.

Ângela Correia nº4 10º D

Anónimo disse...

Neste texto fala-nos de dois prisioneiros que estão a habitar dentro de uma caverna desde a sua infância onde só tem uma fogueira e onde só conseguem ver uma luz ao fundo da caverna e também tem um muro a dividir a zona onde estão da outra zona desconhecida.
Ao longa das suas vidas eles não sabiam nada de nada ou seja eram ignorantes, e quando vêm as suas sobraras e as suas próprias vozes a fazerem eco pensam logo que são outras pessoas.
Mas se um dia um dos prisioneiros fosse solto e o expulsassem do seu refúgio era normal que ele ficasse bastante confuso, e assim não conseguia refazer a sua vida e ao ver objectos ou coisas que para ele eram de outro mundo ficasse espantado e curioso mas ao mesmo tempo assustado com aquilo tudo o que estava a sua volta, e que ria voltar para o lugar de onde veio.
Resumindo todo o texto, o que Platão queria realçar neste texto é que a Filosofia é a procura e a descoberta de conhecer mais para além de aquilo que sabemos.
E ao contarem a realidade como as coisas eram ele nunca ou talvez naquele momento não ia conseguir associar toda aquela realidade.


Catarina silva 10ºD nº8

Anónimo disse...

Ao olharmos para uma pedra sabemos que é uma pedra e se nos perguntarem o quê que é o objecto para o qual estamos a olhar dizemos que é uma pedra. Sabemos isto porque desde pequenos que nos dizem que aquilo para o que estávamos a olhar era uma pedra.

Agora o que é uma pedra no escuro? Pode ser uma bola, uma laranja, entre outras.
Quando estamos no escuro temos tendência a ver coisas onde elas não estão ou atribuir definições às formas desfocadas que vemos.
Ficamos com uma ideia do que vemos e depois quando "a luz se acende" podemos ficar um pouco desiludidos com o que na realidade é o que estávamos a ver.
Quando já vemos as coisas como realmente são ficamos um pouco desgostosos, pelo que preciamos de um período de adptação. Um prazo de tempo para nos abituarmos à ideia e para a aceitarmos. Por vezes a nossa reacção pode não ser a melhor, mas com o tempo acabamos por aceitar e seguir em frente ou rejeitamos a realidade e preferimos voltar para a escuridão. Uma pessoa nunca deve ser forçada a ver a realidade. Temos de a fazer ver a verdade de uma forma fácil e calma, para que possa perceber e aceitar ao mesmo tempo.
Por exemplo não se pode dizer a uma criança que o Pai Natal não existe, temos de ir explicando, que são os nossos pais que compram as prendas em lojas e não duendes que as fazem. Mas com cuidado pois no início eles não vão gostar do que estão a ouvir, mas com o tempo vão perceber e aceitar que o Pai Natal não existe. E infelizmente para os pais vão começar a fazer uma lista dirigida a eles. :P

Francisca Silva nº14/10ºD

Anónimo disse...

Platão com a alegoria da caverna quis mostrar que quando estamos habituados a uma verdade, mesmo que esta seja mentira, temos alguma dificuldade a aceitar uma outra realidade. Por exemplo aqueles homens que estavam presos na caverna desde crianças achavam que as sombras era a realidade, mas quando um foi solto e descobriu a verdade e foi conta-la aos amigos estes nao quiseram aceitar uma nova realidade, pois estavam habituados a uma outra.

Carolina Almeida nº7 10ºD

Anónimo disse...

Hoje em dia, assim como antigamente, vivemos em meios de confinamento.
Dentro de cada meio, conforme sua origem, educação e acontecimentos de vida, criam-se ilusões... ideias do que seja o mundo real.
Presos dentro de uma caverna, a única coisa que o homem toma como realidade são as “sombras” projectadas por objetos externos.
Ao sair da caverna, não momentaneamente, mas aos poucos, consegue ter uma outra visão da realidade .
Essa pessoa volta ao lugar de origem para convencer os antigos companheiros de que a verdadeira realidade é outra, mas é muito difícil mudar o conceito de algo que a vida inteira julgamos ser verdadeiro.

Pedro Silva nº19 10ºD

Sandra Maia disse...

Encanta-me sempre e repetidamente essa alegoria. Quando vi o filme O Náufrago, com Tom Hanks, imediatamente entendi a paráfrase elaborada pelo diretor. Só vemos o que nos mostram segundo o interesse alheio. É preciso encontrar a própria luz antes de procurar a dos outros.

Anónimo disse...

quando nos prendemos a uma realidade faz-nos pareçer que é só essa realidade que existe, aconteçe o mesmo com as verdades, se de pequenos alguém nos diz que tal coisa se faz assim, nós crescemos a pensar dessa maneira, e se alguém chegar ao pé de nós e disser que essa tal coisa não se faz assim custa-nos a acreditar, porque desde pequenos que nos ensinaram o contrário, o mesmo aconteçeu com os prisioneiros da caverna que achavam que as sombras eram a realidade.

Sónia Ribeiro 10ºD nº25

andre disse...

E ao olharmos para novos objectos e não nos ocorrer uma justificação para o que são, apercebemo-nos que os objectos de outrora eram mais fáceis de olhar e então concluir algo.
Com isto quero dizer que para tudo precisamos de hábito, depois então deste enquadramento podemos olhar para a verdade mais facilmente.
Após algum tempo, conseguimos compreender a necessidade de certas coisas que até então nos eram desconhecidas.
O muro que quando ele estava preso se colocava entre ele e a fogueira significava que as sombras que ele vira nele transmitidas era o que ele pensava que seria o outro lado, não tendo ideia da verdadeira realidade não imaginava que era a realidade do "Bem".

André Marcos nº28

Anónimo disse...

Se soltassem um dos presos que estava na caverna, esse sentiria-se livre em estar a ver a Natureza mas não conseguiria fixar os objectos.

Ricardo Costa nº21 10ºD

Anónimo disse...

Este texto fala de prisioneiros que habitam numa caverna desde muito pequenos, como sempre viveram ali, a caverna é o seu mundo e não conhecem mais nada a não ser aquele espaço. A própria luz que ilumina a caverna pode ser definida como a luz do sol que ilumina o nosso mundo. Eu acho que o que Platão queria demonstrar é que quando um prisioneiro saia do seu espaço comum e via ou sentia novas coisas era a “alma” que ascendia ao mundo inteligível. E nos limites desse mundo distam-te é ai que podemos ver tudo o que há de bom e belo no mundo, apesar de haver sempre algum receio em descobrir novos horizontes.

Joao Girão nº 17 10ºD

Anónimo disse...

Os prisioneiros quando estavam na prisão viam ao longe as sombras tentando imaginar algo melhor do que estar ali. Mas quando saíram da escuridão encontraram finalmente o sol, mas perceberam que não era aquilo que imaginaram, era bem pior que isso.

Andreia Santos nº3 10ºD

Anónimo disse...

Este texto fala sobre prisioneiros que viveram toda a sua vida presos numa caverna e que não conheciam a realidade,então quando viam as sombras imaginavam que eram algo bom,mas quando sairam da caverna e viram a luz do sol perceberam que não era nada do que imaginavam ser.

Ass: Sílvia Marques nº23 10ºD