1. O princípio da maior felicidade
O utilitarismo é um tipo de ética
consequencialista. O seu princípio básico, conhecido como o Princípio da
Utilidade ou da Maior Felicidade, é o seguinte: a acção moralmente certa é
aquela que maximiza a felicidade para o maior número. E deve fazê-lo de uma
forma imparcial: a tua felicidade não conta mais do que a felicidade de
qualquer outra pessoa. Saber por quem se distribui a felicidade é indiferente.
O que realmente conta e não é indiferente é saber se uma determinada acção
maximiza a felicidade. Saber se a avaliação moral de uma acção a partir do
Princípio da Maior Felicidade depende das consequências que de facto tem ou das
consequências esperadas é um aspecto da ética de Mill que permanece em aberto.
Apesar de haver pessoas que não o
aceitam, o princípio básico dos utilitaristas é hoje central nas disputas
morais. Mas há cento e cinquenta anos foi uma ideia revolucionária. Pela
primeira vez, filósofos defendiam que a moralidade não dependia de Deus nem de
regras abstractas. A felicidade do maior número é tudo o que se deve perseguir
com a ajuda da experiência. Isto explica que os utilitaristas tenham sido
reformadores sociais empenhados em mudanças como a abolição da escravatura, a
igualdade entre homens e mulheres e o direito de voto para todos,
independentemente de deterem ou não propriedade.
2. O que é a felicidade?
Mill tem uma perspectiva hedonista de
felicidade. Segundo esta perspectiva, a felicidade consiste no prazer e na
ausência de dor. O prazer pode ser mais ou menos intenso e mais ou menos
duradouro. Mas a novidade de Mill está em dizer que há prazeres superiores e
inferiores, o que significa que há prazeres intrinsecamente melhores do que
outros. Mas o que quer isto dizer? Simplesmente que há prazeres que têm mais
valor do que outros devido à sua natureza. Mill defende que os tipos de prazer
que têm mais valor são os prazeres do pensamento, sentimento e imaginação; tais
prazeres resultam da experiência de apreciar a beleza, a verdade, o amor, a
liberdade, o conhecimento, a criação artística. Qualquer prazer destes terá
mais valor e fará as pessoas mais felizes do que a maior quantidade imaginável
de prazeres inferiores. Quais são os prazeres inferiores? Os prazeres ligados
às necessidades físicas, como beber, comer e sexo.
Diz-se que o hedonismo de Mill é
sofisticado por ter em conta a qualidade dos prazeres na promoção da felicidade
para o maior número; a consequência disso é deixar em segundo plano a ideia de
que o prazer é algo que tem uma quantidade que se pode medir meramente em
termos de duração e intensidade. É a qualidade do prazer que é relevante e
decisiva. Daí Mill dizer que é preferível ser um "Sócrates insatisfeito a
um tolo satisfeito". Sócrates é capaz de prazeres elevados e prazeres
baixos e escolheu os primeiros; o tolo só é capaz de prazeres baixos e está
limitado a uma vida sem qualidade. Mas será que é realmente preferível ser um
"Sócrates insatisfeito"? Mill afirma que, se fizéssemos a pergunta às
pessoas com experiência destes dois tipos de prazer, elas responderiam que os
prazeres elevados produzem mais felicidade que os prazeres baixos. Todas fariam
a escolha de Sócrates.
Há filósofos que consideram a
distinção entre prazeres inferiores e superiores incompatível com o hedonismo.
Se, como afirma o hedonismo, uma experiência vale mais do que outra apenas em
virtude de ser mais aprazível, ao aumentarmos progressivamente a aprazibilidade
do prazer inferior, chegaremos a um ponto em que este pesará mais do que um
prazer superior na balança dos prazeres; e nesse caso, se quisermos manter o
hedonismo, a distinção entre prazeres inferiores e superiores deixará de fazer
sentido e terá de ser abandonada. Convido-te a imaginar que resposta poderá ser
dada a esta objecção em defesa da ética de Mill.
Faustino Vaz
TAREFA: Explica por que a ética de Mill é consequencialista. (Deixa a tua resposta na caixa dos comentários.)
14 comentários:
A ética de Mill é consequencialista porque para Mill o bem último é a felicidade e produzir a maior felicidade para o maior número é o que uma faz uma ação correta.
Este defende uma ética utilitarista, e como tal, esta ética é consequencialista porque a única coisa que conta para uma ação ser correta são as suas consequências.
Márcia Teixeira , 10ºD, nº 19
A Ética de Mill é consequencialista porque o bem ultimo é a felecidade.
Porque o seu principio básico é conhecido como o principio da Utilidade ou Maior Felecidade, ou seja,depende das consequencias que de facto tem ou das consequencias esperadas.Esta ética é consequencialista porque a única coisa que conta para uma ação ser correta são as suas consequencias.
Dayana Gândara 10º D Nº 20
A ética de Mill é consequencialista porque para Mill o bem último é a felicidade e produzir a maior felicidade para o maior número é o que uma faz uma ação correta.
A ética de John Stuart Mill é consequencialista, pois Mill é um utilitarista e o utilitarismo é um tipo de ética consequencialista. O seu princípio básico, conhecido como o Princípio da Utilidade ou da Maior Felicidade, é o seguinte: a ação moralmente certa é aquela que maximiza a felicidade para o maior número. E deve-se faze-lo de uma forma imparcial: a minha felicidade não conta mais do que a felicidade de qualquer outra pessoa. Saber por quem se distribui a felicidade é indiferente. O que realmente conta e não é indiferente é saber se uma determinada ação maximiza a felicidade. A perspetiva da anterior, defendida por Mill, consiste no prazer e na ausência de dor. O prazer pode ser mais ou menos intenso e mais ou menos duradouro. Mas a novidade de Mill está em dizer que há prazeres superiores e inferiores, o que significa que há prazeres intrinsecamente melhores do que outros. Um aspeto da ética de Mill é se a avaliação moral de uma ação a partir do Princípio da Maior Felicidade depende das consequências que de facto tem ou das consequências esperadas.
Daniela Santos nº9 10ºD
A ética de Mill é consequencialista porque para Mill o bem último é a felicidade, e produzir a maior felicidade para o maior número é o que uma faz uma ação correta.
Este defende uma ética utilitarista, e como tal, esta ética é consequencialista porque a única coisa que conta para uma ação ser correta são as suas consequências.
Andreia Santos 10ºD
A ética de Mill é consequencialista, pois Mill é utilitarista, que é um tipo de ética consequencialista. É consequencialista porque para ele o bem último é a felicidade e produzir a maior felicidade para o maior número é o que faz uma ação correta.
Ana Basílio nº2 10ºD
A ética de Mill é consequencialista pois Mill defende o Princípio da Utilidade ou da Maior Felicidade, isto é, a ação moralmente correta é aquela que maximiza a felicidade para o maior número. E deve-se faze-lo de uma forma imparcial, por exemplo: a minha felicidade não conta mais do que a felicidade de qualquer outra pessoa.
Daniel Lopes nº7 10D
Para Mill, o bem último é a felicidade e também produzir felicidade para o maior número possível. Isso é que faz da sua ação uma ação correta.
Mas não é isto que torna a ética de John Stuart Mill uma ética consequencialista.
Como utilitarista que é, acredita que se avalia as ações atendendo somente às suas consequências, e para determinar o valor das consequências de um acto, importa apenas ponderar os prejuízos e os beneficios que a sua realização trará a todos os indivíduos.
Basicamente, defende-se que só as consequências de um ato determinam se este é certo ou errado.
Iliane Soares nº12 10ºD
A ética de Mill é consequencialista porque para Mill o bem último é a felicidade, ou seja, antes de fazermos qualquer acto temos de pensar nas suas consequências e ver qual delas é que que vai "produzir" mais felicidade para o maior número de pessoas.
Bruno Henriques Nº5 10ºD
A ética de Mill é consequencialista, pois Mill defende que toda a ética se baseia num único princípio: o princípio da maior felicidade. O consequencialismo é uma teoria composta por duas partes: uma teoria do bom e uma teoria do correto. A primeira trata de determinar que estados de coisas são bons, fornecendo também, geralmente, critérios para os comparar – critérios que determinam qual o melhor estado de coisas entre vários. A teoria do correto trata de determinar o que devemos fazer. De acordo com o consequencialismo, o correto consiste em maximizar o bom, ou seja, consiste em gerar o melhor estado de coisas possível, se esse estado de coisas ainda não existe, ou em preservá-lo se já existe. Segundo a ideia de Mill a felicidade ou bem-estar de um individuo é aquilo que torna a sua vida boa para si próprio consiste unicamente no prazer e na ausência da dor ou sofrimento.
Daniela Lima nº8 10ºD
John Stuart Mill defende a ética utilitarista . Para Mill o bem último é a felicidade e produzir a maior felicidade para o maior número é o que faz uma acção ser correcta.
A ética utilitarista é consequencialista porque a única coisa que conta para uma acção ser correcta são as suas consequências.
Inês Santos nª14 10ºD
Para Mill o bem último é a felicidade. Mill é um utilitarista por isso tem como fundamento a moralidade, defende que as ações estão certas na medida em que tendem a promover a felicidade.
E que maximizar o bem significa promovê-lo no máximo grau possivel.
A ética de Mill é consequencialista, pois, para Mill, o bem último é a felicidade e também produzir felicidade para o maior número de pessoas possível. E os utilitaristas acreditam que se avaliam as ações pelas consequências que estas podem trazer; e para determinar o valor das consequências de um ato, importa apenas ponderar os prejuízos e os benefícios que a sua realização trará a todos os indivíduos. Logo, se uma ação fizer feliz a maioria dos indivíduos, é uma ação correta (as consequências dessa ação são as melhores).
Carolina Ferreira, nº1, 10ºD
A ética de Mill é uma ética consequencialista, pois para ele o bem último é produzir felicidade, de preferência produzir felicidade de uma forma geral. O utilitarista avalia as acções atendendo somente às consequências. Só as consequências de um ato determinam se este é certo ou errado.
Mariana Moitoso nº21 10ºD
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