A todo o momento formas expectativas acerca de como será
o futuro ou sobre que generalizações (afirmações com a forma "Todos os As
são B") são verdadeiras com base em dados que não são dedutivamente
conclusivos. As tuas crenças acerca do futuro baseiam-se na percepção e na
memória, mas não podes deduzir como será o futuro de premissas que descrevem o
presente e o passado.
sábado, 26 de janeiro de 2013
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Dois egoísmos
De acordo com a teoria do egoísmo
psicológico, as pessoas agem sempre apenas em função do seu interesse
pessoal. Segundo a teoria do egoísmo ético, as pessoas devem agir sempre
apenas em função do seu interesse pessoal. Enquanto que o egoísmo psicológico é
uma teoria puramente descritiva sobre o comportamento humano, o egoísmo
ético é uma teoria normativa.
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
A POSSIBILIDADE DO CONHECIMENTO
Será que sabemos o que
julgamos saber? Muitas vezes descobrimos que uma coisa que pensávamos que sabíamos
afinal era uma ilusão ou um engano nosso. Por exemplo, pensávamos que eram
cinco horas da tarde quando afinal já eram seis e meia. Como poderemos então
distinguir o que sabemos realmente do que apenas pensamos – erradamente – que
sabemos? Para mostrar que uma crença, além de verdadeira, é realmente
conhecimento, é necessário mostrar que essa crença está justificada. E este é o
problema da possibilidade do conhecimento. Será possível justificar as crenças
que pensamos que constituem conhecimento?
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
O RELATIVISMO CULTURAL
O meu nome é Ana Relativista. Aderi ao
relativismo cultural ao compreender a profunda base cultural que suporta a
moralidade.
Fui educada para acreditar que a moral
se refere a factos objetivos. Tal como a neve é branca, também o infanticídio é
um mal. Mas as atitudes variam em função do espaço e do tempo. As normas que
aprendi são as normas da minha própria sociedade; outras sociedades possuem
diferentes normas. A moral é uma construção social. Tal como as sociedades
criam diversos estilos culinários e de vestuário, também criam códigos morais
distintos. Aprendi-o ao estudar antropologia e vivi-o no México quando estive
lá a estudar.
Considere a minha crença de que o
infanticídio é um mal. Ensinaram-me isto como se se tratasse de um padrão objetivo.
Mas não é; é apenas aquilo que defende a sociedade a que pertenço. Quando
afirmo "O infanticídio é um mal" quero dizer que a minha sociedade
desaprova essa prática e nada mais. Para os antigos romanos, por exemplo, o
infanticídio era um bem. Não tem sentido perguntar qual das perspetivas é
"correta". Cada um dos pontos de vista é relativo à sua cultura, e o
nosso é relativo à nossa. Não existem verdades objetivas acerca do bem ou do
mal. Quando dizemos o contrário, limitamo-nos a impor a nossas atitudes
culturalmente adquiridas como se se tratassem de "verdades objetivas".
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
CONHECIMENTO A PRIORI
O conhecimento a posteriori e a priori são modalidades epistémicas. Uma proposição é conhecível a priori se, e só se, pode ser conhecida
sem o concurso da experiência empírica. Assim, 2 + 2 = 4 é uma proposição
conhecível a priori porque posso conhecê-la recorrendo unicamente ao
pensamento. Mas para saber que a água é H2O tenho de me socorrer da
experiência empírica – não posso fazê-lo recorrendo unicamente ao pensamento.
Dada a definição de analiticidade, é fácil perceber que todas as frases
analíticas exprime proposições conhecíveis a priori. Pois se para saber o valor
de verdade de uma frase analítica basta reflectir sobre o significado das
palavras e a sintaxe da frase, isso significa que não é necessário recorrer à
experiência empírica para identificar como verdadeira a proposição expressa.
sábado, 5 de janeiro de 2013
CONHECIMENTO
O leitor tem várias crenças. Mas quais das suas
crenças é conhecimento, se é que alguma o é?
O que é o conhecimento?
O conhecimento não é mera crença. Se o leitor
acreditar e afirmar que sabe algo e alguém acreditar e afirmar que sabe o
oposto, então pelo menos um de vós tem de estar enganado. Quando duas pessoas
acreditam em coisas contraditórias não podem ambas saber aquilo que
afirmam saber. Pois uma das duas crenças tem de ser falsa. Acreditar meramente
em algo, não importa quão ardentemente, não faz disso uma verdade. Para que se
saiba algo, não temos somente de acreditar nisso; isso também tem de ser
verdade. Mas será isto tudo o que é requerido? É o conhecimento mera crença
verdadeira?
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
ÉTICA E SUBJETIVISMO
Chamo-me Ana Subjetivista; mas, dado a
minha colega também se chamar "Ana", habitualmente tratam-me por
"Sub". Adotei o subjetivismo ao compreender que a moral é
profundamente emocional e pessoal.
O ano passado frequentei com alguns
amigos um curso de antropologia. Acabámos por aceitar o relativismo cultural –
a perspetiva de que o bem e o mal são relativos a cada cultura, que
"bem" significa "socialmente aprovado". Mais tarde,
descobri que o relativismo cultural enfrenta um problema, nomeadamente o de nos
negar a liberdade para formarmos os nossos próprios juízos morais. Sucede que a
liberdade moral é algo a que atribuo muita importância.
O relativismo cultural obriga-me a
aceitar todos os valores da sociedade. Admitamos que descobri que a maior parte
das pessoas aprova ações racistas; terei então de concluir que o racismo é um
bem. Estaria a contradizer-me se dissesse "O racismo é socialmente
aprovado embora não seja um bem". Como o relativismo cultural impõe as
respostas do exterior, negando a liberdade de pensamento em questões morais,
passei a considerá-lo repulsivo.
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