quinta-feira, 17 de março de 2011

A TEORIA DA JUSTIÇA DE JOHN RAWLS

Problema
Há crianças vendidas por pais extremamente pobres a quem tem dinheiro e falta de escrúpulos para as comprar; pessoas cujo rendimento não permite fazer mais do que uma refeição por dia; jovens que não têm a menor possibilidade de adquirir pelo menos a escolaridade básica; cidadãos que estão presos por terem defendido as suas ideias. Perante casos destes sentimos que as nossas intuições morais de justiça e igualdade não são respeitadas. Surge assim a pergunta: Como é possível uma sociedade justa? Este problema pode ter formulações mais precisas. Uma delas é a seguinte: Como deve uma sociedade distribuir os seus bens? Qual é a maneira eticamente correcta de o fazer? Trata-se do problema da justiça distributiva. A pergunta que o formula é a seguinte: Quais são os princípios mais gerais que regulam a justiça distributiva? A teoria da justiça de John Rawls é a resposta mais influente a este problema. Esta lição irá sujeitar à tua avaliação crítica os argumentos em que se apoia e algumas objecções que enfrenta.
Teoria
A teoria de Rawls constitui, em grande parte, uma reacção ao utilitarismo clássico. De acordo com esta teoria, se uma acção maximiza a felicidade, não importa se a felicidade é distribuída de maneira igual ou desigual. Grandes desníveis entre ricos e pobres parecem em princípio justificados. Mas na prática o utilitarismo prefere uma distribuição mais igual. Assim, se uma família ganha 5 mil euros por mês e outra 500, o bem-estar da família rica não diminuirá se 500 euros do seu rendimento forem transferidos para a família pobre, mas o bem-estar desta última aumentará substancialmente. Isto compreende-se porque, a partir de certa altura, a utilidade marginal do dinheiro diminui à medida que este aumenta. (Chama-se "utilidade marginal" ao benefício comparativo que se obtém de algo, por oposição ao benefício bruto: achar uma nota de 100 euros representa menos benefício para quem ganha 20 mil euros por mês do que para quem ganha apenas 500 euros por mês.) Deste modo, uma determinada quantidade de riqueza produzirá mais felicidade do que infelicidade se for retirada dos ricos para dar aos pobres. Tudo isto parece muito sensato, mas deixa Rawls insatisfeito. Ainda que o utilitarismo conduza a juízos correctos acerca da igualdade, Rawls pensa que o utilitarismo comete o erro de não atribuir valor intrínseco à igualdade, mas apenas valor instrumental. Isto quer dizer que a igualdade não é boa em si — é boa apenas porque produz a maior felicidade total.
Por consequência, o ponto de partida de Rawls terá de ser bastante diferente. Rawls parte então de uma concepção geral de justiça que se baseia na seguinte ideia: todos os bens sociais primários — liberdades, oportunidades, riqueza, rendimento e as bases sociais da auto-estima (um conceito impreciso) — devem ser distribuídos de maneira igual a menos que uma distribuição desigual de alguns ou de todos estes bens beneficie os menos favorecidos. A subtileza é que tratar as pessoas como iguais não implica remover todas as desigualdades, mas apenas aquelas que trazem desvantagens para alguém. Se dar mais dinheiro a uma pessoa do que a outra promove mais os interesses de ambas do que simplesmente dar-lhes a mesma quantidade de dinheiro, então uma consideração igualitária dos interesses não proíbe essa desigualdade. Por exemplo, pode ser preciso pagar mais dinheiro aos professores para os incentivar a estudar durante mais tempo, diminuindo assim a taxa de reprovações. As desigualdades serão proibidas se diminuírem a tua parte igual de bens sociais primários. Se aplicarmos este raciocínio aos menos favorecidos, estes ficam com a possibilidade de vetar as desigualdades que sacrificam e não promovem os seus interesses.
Mas esta concepção geral ainda não é uma teoria da justiça satisfatória. A razão é que a ideia em que se baseia não impede a existência de conflitos entre os vários bens sociais distribuídos. Por exemplo, se uma sociedade garantir um determinado rendimento a desempregados que tenham uma escolaridade baixa, criará uma desigualdade de oportunidades se ao mesmo tempo não permitir a essas pessoas a possibilidade de completarem a escolaridade básica. Há neste caso um conflito entre dois bens sociais, o rendimento e a igualdade de oportunidades. Outro exemplo é este: se uma sociedade garantir o acesso a uma determinada escolaridade a todos os seus cidadãos e ao mesmo tempo exigir que essa escolaridade seja assegurada por uma escola da área de residência, no caso de uma pessoa preferir uma escola fora da sua área de residência por ser mais competente e estimulante, gera-se um conflito entre a igualdade de oportunidades no acesso à educação e a liberdade de escolher a escola que cada um acha melhor.
Como podes ver, a concepção geral de justiça de Rawls deixa estes problemas por resolver. Será então indispensável um sistema de prioridades que justifique a opção por um dos bens em conflito. E nesse caso, se escolhemos um bem em detrimento de outro, é porque temos uma razão forte para considerar um dos bens mais prioritário do que outro. Nesse sentido, Rawls divide a sua concepção geral em três princípios:
Princípio da liberdade igual: A sociedade deve assegurar a máxima liberdade para cada pessoa compatível com uma liberdade igual para todos os outros.
Princípio da diferença: A sociedade deve promover a distribuição igual da riqueza, excepto se a existência de desigualdades económicas e sociais beneficiar os menos favorecidos.
Princípio da oportunidade justa: As desigualdades económicas e sociais devem estar ligadas a postos e posições acessíveis a todos em condições de justa igualdade de oportunidades.
Estes três princípios formam a concepção de justiça de Rawls. Mas por si só estes princípios não resolvem conflitos como os que viste. Se queres ter uma espécie de guia nas tuas escolhas, é preciso ainda estabelecer uma ordem de prioridades entre os princípios. Assim, o princípio da liberdade igual tem prioridade sobre os outros dois e o princípio da oportunidade justa tem prioridade sobre o princípio da diferença. Atingido um nível de bem-estar acima da luta pela sobrevivência, a liberdade tem prioridade absoluta sobre o bem-estar económico ou a igualdade de oportunidades, o que faz de Rawls um liberal. A liberdade de expressão e de religião, assim como outras liberdades, são direitos que não podem ser violados por considerações económicas. Por exemplo, se já tens um rendimento mínimo que te permite viver, não podes abdicar da tua liberdade e aceitar a restrição de não poderes sair de uma exploração agrícola na condição de passares a ganhar mais. Outro exemplo que a teoria de Rawls rejeita seria o de abdicares de gozar de liberdade de expressão para um dia teres a vantagem económica de não te serem cobrados impostos.
Em cada um dos princípios mantém-se a ideia de distribuição justa. Assim, uma desigualdade de liberdade, oportunidade ou rendimento será permitida se beneficiar os menos favorecidos. Isto faz de Rawls um liberal com preocupações igualitárias. Considera mais uma vez alguns exemplos. Um sistema de ensino pode permitir aos estudantes mais dotados o acesso a maiores apoios se, por exemplo, as empresas em dificuldade vierem a beneficiar mais tarde do seu contributo, aumentando os lucros e evitando despedimentos. Outro caso permitido é o de os médicos ganharem mais do que a maioria das pessoas desde que isso permita aos médicos ter acesso a tecnologia e investigação de ponta que tornem mais eficazes os tratamentos de certas doenças e desde que, claro, esses tratamentos estejam disponíveis para os menos favorecidos.
As liberdades básicas a que Rawls dá atenção são os direitos civis e políticos reconhecidos nas democracias liberais, como a liberdade de expressão, o direito à justiça e à mobilidade, o direito de votar e de ser candidato a cargos públicos.
A parte mais disputável da teoria de Rawls é a que diz respeito à exigência de distribuição justa de recursos económicos — o que se compreende. Uma vez resolvido o problema dos direitos e liberdades básicas nas sociedades democráticas liberais, o grande problema com que estas sociedades se deparam é o de saber como devem ser distribuídos os recursos económicos — trata-se do problema da justiça distributiva. Ora, como essa exigência de distribuição justa é expressa pelo princípio da diferença, serão submetidos à tua avaliação crítica os argumentos de Rawls em defesa desse princípio.
Argumentos
Rawls apresenta dois argumentos a favor do princípio da diferença: o argumento intuitivo da igualdade de oportunidades e o argumento do contrato social hipotético.
O argumento intuitivo da igualdade de oportunidades
Este argumento apela à tua intuição de que o destino das pessoas deve depender das suas escolhas, e não das circunstâncias em que por acaso se encontram. Ninguém merece ver as suas escolhas e ambições negadas pela circunstância de pertencer a uma certa classe social ou raça. Intuitivamente não achamos plausível que uma mulher, pelo simples facto de ser mulher, encontre resistências à possibilidade de liderar um banco. Estas são circunstâncias que a igualdade de oportunidades deve eliminar. Ora, estando garantida a igualdade de oportunidades, prevalece nas sociedades actuais a ideia de que as desigualdades de rendimento são aceitáveis independentemente de os menos favorecidos beneficiarem ou não dessas desigualdades. Como ninguém é desfavorecido pelas suas circunstâncias sociais, o destino das pessoas está nas suas próprias mãos. Os sucessos e os falhanços dependem do mérito de cada um, ou da falta dele. É assim que a maioria pensa.
Mas será que esta visão dominante da igualdade de oportunidades respeita a tua intuição de que o destino das pessoas deve ser determinado pelas suas escolhas, e não pelas circunstâncias em que se encontram? Rawls pensa que não. Por esta razão: reconhecendo apenas diferenças nas circunstâncias sociais e ignorando as diferenças nos talentos naturais, a visão dominante terá de aceitar que o destino de um deficiente seja determinado pela sua deficiência ou que a infelicidade de um QI baixo dite o destino de uma pessoa. Isto impõe um limite injustificado à tua intuição. Se é injusto que o destino de cada um seja determinado por desigualdades sociais, também o será se for determinado por desigualdades naturais. Afinal, a tua intuição vê a mesma injustiça neste último caso. Logo, como as pessoas são moralmente iguais, o destino de cada um não deve depender da arbitrariedade dos acasos sociais ou naturais. E neste caso não poderás aceitar o destino do deficiente ou da pessoa com um QI baixo.
O que propõe Rawls em alternativa? Que a noção comum de igualdade de oportunidades passe a reconhecer as desigualdades naturais. Como? Dispondo a sociedade da seguinte maneira: quem ganha na "lotaria" social e natural dá a quem perde. De acordo com Rawls, ninguém deve beneficiar de forma exclusiva dos seus talentos naturais, mas não é injusto permitir tais benefícios se eles trazem vantagens para aqueles que a "lotaria" natural não favoreceu. E deste modo justificamos o princípio da diferença. Concluindo, a noção dominante de igualdade de oportunidades parte da intuição de que o destino de cada pessoa deve ser determinado pelas suas escolhas, e não pelas suas circunstâncias; mas esta mesma intuição consistentemente considerada obriga a que aquela noção passe a incluir as desigualdades naturais. O que daí resulta é precisamente o princípio da diferença. Como ninguém parece querer abdicar do pressuposto da igualdade moral entre todas as pessoas, Rawls defende que o princípio que melhor dá conta desse pressuposto é o princípio da diferença.
Faustino Vaz

Segundo Rawls como é possível uma sociedade justa? Deixa a tua resposta na caixa dos comentários.

19 comentários:

Nuno nº14 10ºC disse...

De acordo com a teoria de Rawls, se uma acção maximiza a felicidade, não importa se a felicidade é distribuída de maneira igual ou desigual. Grandes desníveis entre ricos e pobres parecem em princípio justificados. Mas na prática o utilitarismo prefere uma distribuição mais igual. Para uma sociedade justa, Rawls parte de uma concepção geral de justiça que se baseia na seguinte ideia: todos os bens sociais primários como as liberdades, oportunidades, riqueza, rendimento e as bases sociais da auto-estima devem ser distribuídos de maneira igual a menos que uma distribuição desigual de alguns ou de todos estes bens beneficie os menos favorecidos.
Mas esta concepção geral ainda não é uma teoria da justiça satisfatória. A razão é que a ideia em que se baseia não impede a existência de conflitos entre os vários bens sociais distribuídos. Nesse sentido, Rawls divide a sua concepção geral em três princípios:
Princípio da liberdade igual: A sociedade deve assegurar a máxima liberdade para cada pessoa compatível com uma liberdade igual para todos os outros.
Princípio da oportunidade justa: As desigualdades económicas e sociais devem estar ligadas a postos e posições acessíveis a todos em condições de justa igualdade de oportunidades.
Princípio da diferença: A sociedade deve promover a distribuição igual da riqueza, excepto se a existência de desigualdades económicas e sociais beneficiar os menos favorecidos.
Estes três princípios formam a concepção de justiça de Rawls. Mas por si só estes princípios não resolvem certos conflitos. Se quisermos ter uma espécie de guia nas nossas escolhas, é preciso ainda estabelecer uma ordem de prioridades entre os princípios. Assim, o princípio da liberdade igual tem prioridade sobre os outros dois e o princípio da oportunidade justa tem prioridade sobre o princípio da diferença. Assim, para Rawls, uma sociedade é justa quando uma desigualdade de liberdade, oportunidade ou rendimento beneficia os menos favorecidos.

Tiago Tojal disse...

A teoria de Rawls constitui, em grande parte, uma reacção ao utilitarismo clássico. De acordo com esta teoria, se uma acção maximiza a felicidade, não importa se a felicidade é distribuída de maneira igual ou desigual. Grandes desníveis entre ricos e pobres parecem em princípio justificados. Mas na prática o utilitarismo prefere uma distribuição mais igual. Assim, se uma família ganha 5 mil euros por mês e outra 500, o bem-estar da família rica não diminuirá se 500 euros do seu rendimento forem transferidos para a família pobre, mas o bem-estar desta última aumentará substancialmente. Isto compreende-se porque, a partir de certa altura, a utilidade marginal do dinheiro diminui à medida que este aumenta.

Anónimo disse...

Para Rawls, uma sociedade justa apenas se pode construir se sustentada em normas regulamentadoras das acções humanas.
Em primeiro lugar, defende a existência de instituições, também elas imparciais, orientadas por primórdios:
- Principio de igualdade, considerado a esfera da cidadania porque impõe a igualdade de todos os cidadãos perante a lei.
-Princípio de oportunidade justa. Sendo John Rawls apologista de uma sociedade em que todos vivesse em liberdade, igualdade e agissem sem objectivamente, a sociedade deve também ser objectiva ao partilhar a sua riqueza.
Todavia, para Rawls, as desigualdades económicas e sociais apenas deviam ser toleradas se beneficiassem os mais desfavorecidos e fossem acessíveis a todos.
De acordo com Rawls, deveríamos escolher uma determinada posição social sem conhecimento prévio das vantagens ou desvantagens das nossas escolhas, de modo a serem neutras e objectivas.


Sara Fernandes n.º20 10.ºC

Unknown disse...

Segundo Rawls, uma sociedade é justa quando uma desigualdade de liberdade, oportunidade ou rendimento beneficia os menos favorecidos.

Márcia 10c

Tatiana disse...

Segundo Rawls, se uma acção maximiza a felicidade, não importa se a felicidade é distribuída de maneira igual ou desigual. Assim, parece que os grandes desníveis entre ricos e pobres estão à partida justificados. mas na prática o utilitarismo prefere uma distribuição mais igual.
Para a existência de uma sociedade justa, Rawls tem como ideia-base uma concepção geral de justiça que se baseia na ideia seguinte: todos os bens sociais primários, como por exemplo as liberdades, oportunidades, riqueza, rendimento, tal como as bases sociais da auto-estima devem ser distribuídos de maneira igual a menos que uma distribuição desigual de alguns se não mesmo de todos estes bens beneficie os menos favorecidos.
A razão é que a ideia em que se baseia não impede a existência de conflitos entre os vários bens sociais distribuídos. Nesse sentido, Rawls divide a sua concepção geral em três princípios:
Princípio da liberdade igual: A sociedade deve assegurar a máxima liberdade para cada pessoa compatível com uma liberdade igual para todos os outros.
Princípio da oportunidade justa: As desigualdades económicas e sociais devem estar ligadas a postos e posições acessíveis a todos em condições de justa igualdade de oportunidades.
Princípio da diferença: A sociedade deve promover a distribuição igual da riqueza, excepto se a existência de desigualdades económicas e sociais beneficiar os menos favorecidos.

Estes três princípios formam a concepção de justiça de Rawls. Mas por si só estes três princípios não resolvem conflitos. se quisermos ter uma "guia" nas nossas escolhas, é necessário ainda estabelecer uma ordem de prioridades entre os princípios. Assim o principio da liberdade igual tem prioridade sobre o principio da diferença. atingindo um nível de bem-estar acima da luta pela sobrevivência, a liberdade tem prioridade absoluta sobre o bem-estar económico ou a igualdade de oportunidades, o que faz com que Rawls seja um liberal .

Em conclusão, para Rawls, uma sociedade é justa quando uma desigualdade de liberdade, oportunidade, riqueza ou rendimento beneficia os que mais necessitam, os mais carenciados, ou seja, aqueles que são menos favorecidos.

Tatiana Raquel Pereira nº22 10ºC

Paula Lopes Nº15 10ºC disse...

De acordo com esta teoria, Rawls diz que, se uma acçao maximiza a felicidade, nao importa se a felicidade é distribuida de maneira igual ou desigual. Grandes desníveis entre ricos e pobres parecem em princípio justificados. Mas na prática o utilitarismo prefere uma distribuição mais igual.
Ainda que o utilitarismo conduza a juízos correctos acerca da igualdade, Rawls pensa que o utilitarismo comete o erro de não atribuir valor intrínseco à igualdade, mas apenas valor instrumental. Isto quer dizer que a igualdade não é boa em si — é boa apenas porque produz a maior felicidade total.
Por consequência, o ponto de partida de Rawls terá de ser bastante diferente. Rawls parte então de uma concepção geral de justiça que se baseia na seguinte ideia: todos os bens sociais primários - liberdades, oportunidades, riqueza, rendimento e as bases sociais da auto-estima devem ser distribuídos de maneira igual a menos que uma distribuição desigual de alguns ou de todos estes bens beneficie os menos favorecidos.

Rawls divide, assim a sua concepção geral em três princípios:
Princípio da liberdade igual: A sociedade deve assegurar a máxima liberdade para cada pessoa compatível com uma liberdade igual para todos os outros.
Princípio da oportunidade justa: As desigualdades económicas e sociais devem estar ligadas a postos e posições acessíveis a todos em condições de justa igualdade de oportunidades.
Princípio da diferença: A sociedade deve promover a distribuição igual da riqueza, excepto se a existência de desigualdades económicas e sociais beneficiar os menos favorecidos.
Estes três princípios formam a concepção de justiça de Rawls. Mas por si só estes três princípios não resolvem conflitos. se quisermos ter uma "guia" nas nossas escolhas, é necessário ainda estabelecer uma ordem de prioridades entre os princípios. Assim, o princípio da liberdade igual tem prioridade sobre os outros dois e o princípio da oportunidade justa tem prioridade sobre o princípio da diferença. Assim, para Rawls, uma sociedade é justa quando uma desigualdade de liberdade, oportunidade ou rendimento beneficia os menos favorecidos.

O que daí resulta é precisamente o princípio da diferença. Como ninguém parece querer abdicar do pressuposto da igualdade moral entre todas as pessoas, Rawls defende que o princípio que melhor dá conta desse pressuposto é o princípio da diferença

Bruno Francisco Lima Nº4 10ºC disse...

Para Rawls, uma sociedade é justa quando uma desigualdade de liberdade, oportunidade, riqueza ou rendimento beneficia os que mais necessitam, os menos favorecidos, ou seja, aqueles que são mais carenciados.

Ricardo Silva Nª18 10ºC disse...

A teoria de Rawls constitui, em grande parte, uma reacção ao utilitarismo clássico. De acordo com esta teoria, se uma acção maximiza a felicidade, não importa se a felicidade é distribuída de maneira igual ou desigual. Grandes desníveis entre ricos e pobres parecem em princípio justificados. Mas na prática o utilitarismo prefere uma distribuição mais igual. Assim, se eu ganhar 10 mil euros e o meu vizinho ganhar 500, a mim nõ me faz quase diferença se ue lhe der 100, mas para ele faz muita. Isto deve-se ao facto de apartir de certo valor o dinheiro quase que nem damos conta de mais 100 ou menos 100.

Luis Ramos disse...

De acordo com a teoria de Rawls, uma sociedade é justa quando benefícia as familias mais carenciadas, por exemplo quando não tem alimentos para comer e outras familias a ajudam.

José Alexandre Teixeira nº11 10ºC disse...

Rawls parte de uma concepção geral de justiça que se baseia do seguinte modo: todos os bens sociais primários como as oportunidades, liberdades, rendimento e as bases sociais devem ser distribuídos de maneira igual a não ser que uma distribuição desigual de alguns ou de todos estes bens beneficie os menos favorecidos.
Rawls divide a sua concepção geral em três princípios:
- Princípio da liberdade igual
- Princípio da oportunidade justa
- Princípio da diferença

Roxanne, 10ºC, nº19 disse...

Para Rawls, uma sociedade justa é aquela que ajuda os mais carenciados. Aqueles que necessitam mais de apoio porque nao conseguem sobreviver com o que tem, devem ser ajudados pela socieade. Repartilhando por entre todos da forma mais igual possivel.

Miguel Tomás Nº7 10ºC disse...

A teoria de Rawls constitui, em grande parte, uma reacção ao utilitarismo clássico. De acordo com esta teoria, se uma acção maximiza a felicidade, não importa se a felicidade é distribuída de maneira igual ou desigual.

Carla Duarte disse...

Segundo Rawls, uma sociedade é justa quando uma desigualdade de liberdade, oportunidade ou rendimento beneficia os menos favorecidos.se uma acção maximiza a felicidade, não importa se a felicidade é distribuída de maneira igual ou desigual.

Anónimo disse...

Para Rawls, uma acção que maximiza a felicidade, não importa se esta é bem distribuída ou não. É assim que são justificadas as diferenças de poder monetário (entre pobres e ricos).

Rawls pensa que para haver uma sociedade justa, tem que haver uma justiça bem definida: liberdade, oportunidade, riqueza, etc.

Rawls divide a sua concepção para justiça em 3 princípios:
->Princípio de liberdade igual
->Princípio da oportunidade justa
->Princípio da diferença

Mas, estes peincípios não são capazes de resolver todos os conflitos, temos de estabelecer uma ordem dos mais necessários princípios para os menos necessários. O princípio da liberdade tem igual prioridade sobre o princípio da diferença. A liberdade tem prioridade sobre a igualdade de oportunidades, assim Rawls é considerado liberal.

Conclui-se então que:
Há princípios fundamentais para obter uma sociedade justa. Mas, só se resolvem os conflitos todos se houver uma ordem desses princípios, ordem essa conforme a sua prioridade.


Maria Corujo nº24 10ºC

Sara Oliveira,nº21, 10ºC disse...

De acordo com esta teoria, Rawls afirma que se uma acção maximiza a felicidade, não importa se a felicidade é distribuída de maneira igual ou desigual.

Rawls tambem pensa que o utilitarismo comete o erro de não atribuir valor intrínseco à igualdade, mas apenas valor instrumental. Isto quer dizer que a igualdade não é boa em si — é boa apenas porque produz a maior felicidade total.
Rawls defende 3 principios:
->Principio liberdade igual;
->Pricipio da diferença;
->Princípio da oportunidade justa;

daniel ferreira nº10 10ºc disse...

A teoria de Rawls constitui, em grande parte, uma reacção ao utilitarismo clássico. De acordo com esta teoria, se uma acção maximiza a felicidade, não importa se a felicidade é distribuída de maneira igual ou desiPara uma sociedade justa, Rawls parte de uma concepção geral de justiça que se baseia na seguinte ideia: todos os bens sociais primários como as liberdades, oportunidades, riqueza, rendimento e as bases sociais da auto-estima devem ser distribuídos de maneira igual a menos que uma distribuição desigual de alguns ou de todos estes bens beneficie os menos favorecidos.
gual. Rawls divide a sua concepção geral em três princípios:
Princípio da liberdade igual: A sociedade deve assegurar a máxima liberdade para cada pessoa compatível com uma liberdade igual para todos os outros.
Princípio da oportunidade justa: As desigualdades económicas e sociais devem estar ligadas a postos e posições acessíveis a todos em condições de justa igualdade de oportunidades.
Princípio da diferença: A sociedade deve promover a distribuição igual da riqueza, excepto se a existência de desigualdades económicas e sociais beneficiar os menos favorecidos.

daniel ferreira nº10 10ºc

carina coelho disse...

Para Rowls logo que uma acção maximeze a felicidade não interessa se a sua distribuição é de maneira igual ou desigual.
Rawls estebelece três principios:
- principio da liberdade
- principio da oportunidade justa
- principio da diferença

Entre estes tres principios há prioridades, o que levará a uma sociedade justa. Para Rawls o principio da liberdade tem prioridade sobre os outros, seguido do principio da diferença e depois o principio da oportunidade justa.

-Rawls diz que assim, com estas prioridades dos principios se forma uma sociedade justa.

Carolina Silva, nº8 10ºC disse...

Para este filósofo, se uma acção maximiza a felicidade, não importa se a felicidade é distribuída de maneira igual ou desigual

anacruz 10ºc disse...

Para Rawls, uma acção que maximiza a felicidade, não importa se esta é bem distribuída ou não, ou seja,não importa se a felicidade é distribuída de maneira igual ou desigual.

Rawls defende então três princípios:
->Princípio de liberdade igual
->Princípio da oportunidade justa
->Princípio da diferença
Então podemos concluir que para Rawls uma sociedade é justa quando uma desigualdade de liberdade, oportunidade, riqueza ou rendimento beneficia os que mais necessitam, os mais carenciados, ou seja, aqueles que são menos favorecidos.