quinta-feira, 24 de março de 2011

OBJECÇÕES À TEORIA DE J. RAWLS

A teoria de Rawls não compensa as desigualdades naturais
A concepção comum de igualdade de oportunidades não limita a influência dos talentos naturais. Rawls tenta resolver essa falha através do princípio da diferença. Assim, os mais talentosos não merecem ter um rendimento maior e só o têm se com isso beneficiarem os menos favorecidos. Mas talvez Rawls não tenha resolvido o problema. Talvez a sua teoria da justiça deixe ainda demasiado espaço para a influência das desigualdades naturais. E nesse caso o destino das pessoas continua a ser influenciado por factores arbitrários.
Rawls define os menos favorecidos como aqueles que têm menos bens sociais primários. Imagina agora duas pessoas na mesma posição inicial de igualdade: têm as mesmas liberdades, recursos e oportunidades. Uma das pessoas tem o azar de contrair uma doença grave, crónica e incapacitante. Esta desvantagem natural implica custos na ordem dos 200 euros por mês para medicação e equipamentos. O que oferece a teoria de Rawls a esta pessoa? Como esta pessoa tem os mesmos bens sociais que a outra e os menos favorecidos são definidos em termos de bens sociais primários, a teoria de Rawls não prevê a possibilidade de a compensar. Sobre as desigualdades naturais, apenas é dito que os mais agraciados em talentos pela natureza podem ter um rendimento maior se com isso beneficiarem os menos favorecidos.
O princípio da diferença assegura os mesmos bens sociais primários a esta pessoa doente, mas não remove os encargos causados, não pelas suas escolhas, mas pela circunstância de ter contraído uma doença grave, crónica e incapacitante. A crítica à concepção dominante de igualdade de oportunidades devia ter levado Rawls ao princípio de que as desigualdades naturais, tal como as sociais, devem ser compensadas. Não se vê justificação para tratar as limitações naturais de maneira diferente das sociais. Logo, as desvantagens naturais devem ser compensadas (equipamento, transportes, medicina e formação profissional subsidiadas). A teoria de Rawls enfrenta a objecção de não reconhecer como desejável a tentativa de compensação destas desvantagens.
A teoria de Rawls leva a que certas escolhas subsidiem injustamente outras
A intuição que está por detrás da objecção anterior diz-te que não é justo responsabilizar as pessoas pelas circunstâncias em que por acaso se encontram: um deficiente não é responsável pela sua deficiência e um doente crónico pela sua doença crónica. O outro lado da mesma intuição diz-te agora que não é justo desresponsabilizar as pessoas pelas suas escolhas. Mais uma vez, o recurso a um exemplo pode ajudar-te a compreender melhor o que está em jogo.
Imagina duas pessoas que trabalham na mesma empresa de electrodomésticos. Têm, por isso, os mesmos recursos económicos. Mas também têm em comum os mesmos talentos naturais e antecedentes sociais. Uma delas é apaixonada por futebol e gasta uma parte razoável do seu rendimento nas deslocações permanentes que faz para apoiar o seu clube. Somadas as outras despesas inevitáveis de uma família, nada sobra. Por vezes esta família tem de recorrer a apoio social do estado. A outra resolveu estudar sistemas eléctricos depois do expediente normal de trabalho. Após um período de estudo, compra o equipamento necessário e resolve vender os seus serviços de electricista das seis da tarde às nove da noite. Com muitas horas de trabalho, esforço e competência, duplica o rendimento inicial. O princípio da diferença diz que as desigualdades de rendimento são permitidas se beneficiarem os menos favorecidos. Que consequência tem a sua aplicação a este caso? A consequência de fazer o apaixonado por futebol beneficiar do rendimento do electricista esforçado.
Isto viola a tua intuição de justiça. Parece obviamente justo compensar custos não escolhidos (doenças, deficiências, etc.), mas é obviamente injusto compensar custos escolhidos. E é isso o que acontece neste caso; o princípio da diferença leva a que o electricista esforçado pague do seu bolso a escolha que faz e ainda subsidie a escolha do apaixonado por futebol. Corrói assim a igualdade em vez de a promover: cada um tem o estilo de vida que prefere, mas um vê o seu rendimento aumentado e o outro vê o seu rendimento diminuído através dos impostos com que subsidia o outro. Rawls afirma que a sua teoria da justiça tem a preocupação de regular as injustiças que resultam das circunstâncias, e não das escolhas. Mas porque não faz a distinção entre desigualdades escolhidas e desigualdades não escolhidas, o princípio da diferença viola a tua intuição de que é justo que cada um seja responsável pelos custos das suas escolhas. A não ser assim, que sentido fazem ainda o esforço e a ambição das nossas escolhas pessoais?
As duas objecções precedentes foram apresentadas pelo filósofo Ronald Dworkin. Dada a sua importância central, Dworkin formulou uma teoria que visa explicitamente dar-lhes resposta.
A objecção do jogador de basquetebol
Esta objecção foi apresentada pelo filósofo Robert Nozick. Ao contrário das duas objecções anteriores, não procura melhorar o princípio da diferença de maneira a que respeite cabalmente as nossas intuições morais de igualdade e justiça. O objectivo de Nozick é antes derrubar o princípio da diferença e fazer assentar em bases sólidas o seu princípio da transferência — tudo o que é legitimamente adquirido pode ser livremente transferido. Para isso, formula o contra-exemplo que é a seguir submetido à tua avaliação.
Wilt Chamberlain é um jogador de basquetebol em alta. A sociedade em que vive distribui a riqueza segundo o princípio da diferença ou segundo o princípio "a cada um segundo as suas necessidades", ou então segundo o princípio que achares mais correcto — escolhe o princípio que quiseres. A esta distribuição de riqueza vamos chamar D1. Depois de várias propostas, Wilt Chamberlain decide assinar o seguinte contrato com uma equipa: nos jogos em casa, recebe 25 cêntimos por cada bilhete de entrada. A emoção é grande. Todos o querem ver jogar. Chamberlain joga muito bem. Vale a pena pagar o bilhete. A época termina e 1 milhão de pessoas viu os jogos. Chamberlain ganhou 250 000 euros. O rendimento obtido é bem maior que o rendimento médio. Gera-se assim uma nova distribuição de riqueza na sociedade em questão, a que vamos chamar D2.
Por que razão é este caso um contra-exemplo ao princípio da diferença? Dado que cria uma enorme desigualdade, Nozick pergunta por que razão esta nova distribuição de riqueza é injusta. Na situação D1, as pessoas tinham um rendimento legítimo e não havia protestos de terceiros para que se redistribuísse a riqueza. Nenhuma questão se levantava acerca do direito de cada um controlar os seus recursos. Depois as pessoas escolheram dar 25 cêntimos do seu rendimento a Chamberlain e gerou-se a distribuição D2. Haverá agora lugar a reclamações de terceiros que antes nada reclamavam e que continuam a ter o mesmo rendimento? Que razão há para se redistribuir a riqueza? Que razão tem o estado para interferir no rendimento de Chamberlain cobrando-lhe impostos elevados?
Se concordas com Nozick e aceitas que a situação D2 é legítima, então o seu princípio da transferência está mais de acordo com as tuas intuições do que princípios redistributivos como o princípio da diferença. Mas se assim for, o que fazer em relação às desigualdades naturais que condenam à indigência pessoas cujos talentos naturais não são rentáveis no mercado? Nozick aceita que temos intuições poderosas a favor da compensação de desigualdades não escolhidas; o problema é que os nossos direitos particulares sobre as nossas posses e rendimentos não deixam espaço para direitos gerais. A propriedade é absoluta. E se o é, que meios materiais tem o estado para garantir outros direitos? É a ti que cabe fazer um juízo sobre este problema.

Faustino Vaz

Que conclusão retira Nozick do contra-exemplo do jogador de basquetebol? (Deixa a tua resposta na caixa dois comentários.)

19 comentários:

Ricardo Nº18 10ºC. disse...

Nozick aceita que temos intuições poderosas a favor da compensação de desigualdades não escolhidas; o problema é que os nossos direitos particulares sobre as nossas posses e rendimentos não deixam espaço para direitos gerais. Eu echo que é esta a conclusão a que Nozick chega. Eu até concordo mas não devemos tirar o mérito ao talento das pessoas. Se um jogador qualquer ganha muito é por nossa causa pois se nós não pagassemos tanto para o ir ver ele sertamente não ganharia tanto.

Luís Ramos disse...

Nozick diz que temos intuições a favor da compensação de igualdades não escolhidas. Eu concordo com a teoria pois por exemplo o tony carreira tem sempre muitas pessoas a assistirem aos concertos que faz, e ele tem essas pessoas todas porque tem talento...

Anónimo disse...

Nozick objecta a teoria de Rawls com o exemplo do jogador de basquetebol.

Então temos a situação D1, que diz que a distribuição da riqueza devem ser feitas de acordo com as necessidades de cada um.
E temos a situação D2, que é o caso de um jogador de futeol, que fez um acordo, que por cada bilhete ganhava 25 centimos. A época terminou e 1 milhão de pessoas viu os jogos, assim, o jogador ganhou 250 000 de euros.

Mas, na situação D2, a distribuição da riqeuza é injusta, defende Nozick, pois o jogador só ganha essa quantia de dinheiro, que é muito mais elevada ao rendimento médio, porque tem talento e, porque, nós humanos, necessitamos de enertimento e, pagamos por isso, pagamos 25 centimos por bilhete para ir ver este jogador.

Mas, mais uma vez, volto a relembrar que é injusto, pois se fossemos seres capazes de racicionar em condições, e se esse 1 milhão de pessoas que foi ver o jogo desse 25 centimos, cada um, para uma instituição de caridade, poderiamos fazer muitas pessoas felizes, nem que fosse apenas dado um pão a cada uma!

O problema é que, por norma, pensamos sempre mais em nós, no nosso bem estar, e não ligamos aos outros, nem às condições precárias onde eles vivem. Em vez de ajudarmos, divertimos-nos, enquanto milhares e milhares de pessoas passam fome.

No fundo, tudo é culpa da nossa maneira de pensar e de agir.


Maria Corujo n24 10C

Tiago Tojal disse...

Nozick aceita que temos intuições poderosas a favor da compensação de desigualdades não escolhidas; o problema é que os nossos direitos particulares sobre as nossas posses e rendimentos não deixam espaço para direitos gerais. A propriedade é absoluta.

Miguel Tomás Nº7 10ºC disse...

Na minha opinião as pessoas que têm talentos devem de uma maneira altamente justa poder tirar rendimento da aptidão que Deus lhe deu para determinada matéria... Sou da opinião que cada um deve fazer da vida aquilo que gosta, desempenhar uma actividade que o atrai. Só não concordo no ponto em que uns ganhem milhões a fazer aquilo que gostam, por exemplo jogar futebol, e outros, mesmo a fazer aquilo que gostam e com desempenhos na sua actividade muito mais úteis e enriquecedores para o mundo e para a sociedade ganhem quantias tão miseráveis...

Bruno Francisco Lima Nº4 10ºC disse...

Nozick pensa que temos percepções fortes a favor da compensação de desigualdades não escolhidas; o problema é que os nossos direitos sobre as nossas posses e rendimentos não deixam espaço para direitos gerais. Eu concordo com nozick mas apesar de tudo não se deve tirar o talento ás pessoas. A causa de um jogador ganhar muito dinheiro é nossa pois se nós não pagássemos tanto para o ir ver ele certamente não ganharia tanto.

Carla Duarte disse...

Nozick pensa que temos percepções fortes a favor da compensação de desigualdades não escolhidas; o problema é que os nossos direitos sobre as nossas posses e rendimentos não deixam espaço para direitos gerais.

carina coelho disse...

Para Nozick respeitar a liberdade dos indivíduos implica não violar os direitos de propriedade.
Nozick deu o exemplo de um jogador de basquetebol:

- numa situação o jogador diz que quer 25 centimos por cada pessoa que for ver o jogo;
- noutra situação o jogador diz que o dinheiro deve ser distribuido pela necessidade de cada um.

Nozick diz que na primeira situação o que o jogador vai receber é injusto, visto que o que ele ganhou foi devido ao seu talento e não ao seu "esforço".

Para mim é, realmente, injusto um jogador ganhar tanto por um jogo. Chega a ganhar milhões de euros sem ter metade do esforço que, por exemplo, um médico tem. Enquanto que um médico ganha, justamente, por aquilo que trabalhou, pois o objectivo dele era ajudar os outros, um jogador ganha milhões por "divertimento".

Acho que aqueles que ganham bastante, mas que é devido ao seu esforço e com consequências boas, têm o direito de ganhar mais que um jogador.

Tatiana disse...

A conclusão que Nozick retira do contra-exemplo é que temos intuições poderosas a favor da compensação de desigualdades não escolhidas. Segundo Nozick, o problema é que os nossos direitos particulares sobre as nossas posses e rendimentos não deixam espaço para direitos gerais. Nozick afirma ainda que a propriedade é absoluta e interroga-se se assim o é, que meios materiais tem o estado para garantir outros direitos.
Pessoalmente acho que cabe a cada um de nós fazer um juízo sobre este problema. Eu não concordo com a objecção feita por Nozick à teoria de J.Rawls, pois apesar de achar que o talento que cada um tem deve ser reconhecido pelos outros, penso também que de certo modo dar tanto dinheiro a uma pessoa só porque ela tem um talento que impressiona os outros(jogar bem Basket) é injusto, pois o jogador de basquetebol fica rico, praticamente sem fazer nenhum, somente por divertimento, enquanto que muitas pessoas trabalham imenso e ainda assim vivem na pobreza, por isso acho que a riqueza devia ser distribuída de igual maneira, isto é, para mim a sociedade ideal é aquela em que tanto a riqueza como a pobreza são moderadas.

Tatiana Raquel Pereira
nº22 10ºC

Paula Lopes Nº15 10ºC disse...

O objectivo de Nozick é derrubar o princípio da diferença e fazer assentar em bases sólidas o seu princípio da transferência — tudo o que é legitimamente adquirido pode ser livremente transferido. Para isso, formula o contra-exemplo do jogador de basquetebol.
Nozick, assim, aceita que temos intuições poderosas a favor da compensação de desigualdades não escolhidas; o problema é que os nossos direitos particulares sobre as nossas posses e rendimentos não deixam espaço para direitos gerais. A propriedade é absoluta.
Contudo, não concordo com a objecção de Nozick, acho injusto pois ele ganha milhões só por "dar uns pontapés na bola" enquanto que há outras pessoas que salvam vidas e fazem muito mais que um jogador, e ganham uns euritos em relação aos milhões que o jogador ganha.

Nuno nº14 10ºC disse...

Segundo o conta-exemplo de Nozick, na situação D1, as pessoas tinham um rendimento legítimo e não havia protestos de terceiros para que se redistribuísse a riqueza. Depois as pessoas escolheram dar 25 cêntimos do seu rendimento a Chamberlain e gerou-se a distribuição D2.
Assim, Nozick conclui que esta última distribuição de riqueza é justa, uma vez que foram os adeptos de Chamberlain, por livre vontade, que decidiram ver os seus jogos e contribuir para o seu enrriquecimento. Além do mais, se ele tem tantos adeptos é porque possui algum talento natural que esses mesmos adeptos apreciam. Sendo assim, Nozick pensa que será injusto redistribuir a riqueza deste jogador visto que ele a mereceu e ganhou honestamente.
Nozick aceita que temos intuições poderosas a favor da compensação de desigualdades não escolhidas; o problema é que os nossos direitos particulares sobre as nossas posses e rendimentos não deixam espaço para direitos gerais. A propriedade é absoluta.
Eu concordo com Nozick... Se Chamberlain ganhou esta "fortuna", é porque ele mereceu e porque tinha capacidades e talento para isso. Apesar de ele ganhar muito mais que um médico, por exemplo, que durante a sua vida salva milhares de pessoas e recebe muito menos, eu penso que isto só acontece por causa dos seus adeptos e de outros que apreciam esse desporto. Quem acha que se deve redistribuir a riqueza de Chamberlain está a ser muito injusto com ele pois afinal se ele tem talento para esse desporto como um médico tem talento para salvar pessoas por não haverá de ser recompensado por isso?

Unknown disse...

Nozick pensa que temos percepções fortes a favor da compensação de desigualdades não escolhidas; o problema é que os nossos direitos sobre as nossas posses e rendimentos não deixam espaço para direitos gerais. Segundo Nozick, o problema é que os nossos direitos particulares sobre as nossas posses e rendimentos não deixam espaço para direitos gerais. Nozick afirma ainda que a propriedade é absoluta e interroga-se se assim o é, que meios materiais têm o estado para garantir outros direitos. Eu acho que cabe a cada um de nós fazer um juízo sobre este problema.

Márcia nº13
10ºc

Anónimo disse...

Do meu ponto de vista, a situação D2 seria legítima se todos fossem devidamente remunerados a fazer aquilo que gostam e para o qual têm talento. Eu concordo que os jogadores de futebol (e neste caso o jogador de basquetebol) ganhem bem, mas não concordo que ganhem quantias exorbitantes de dinheiro, porque, na minha opinião, isso não é justo. Um enfermeiro, um médico, etc.. não ganham grandes quantias de dinheiro e, o seu papel na sociedade é muito mais importante que o dos jogadores de futebol, que apenas nos "divertem". Por isso, acho que a situação D2 só devia ser aceite, caso todos fosses igualmente remunerados pelo exercer dos seus talentos em beneficio da sociedade.

Sara Fernandes n.º20 10.ºC

Sara Oliveira, nº21, 10ºC disse...

Na minha opinião, a crítica de Nozick não faz muito sentido.Nozick afirma que as pessoas devem ganhar consoante o talento.
É injusto que um jogador ganhe milhões de euros só por ter talento e os mass média passem a informação que ele é um glorioso. Todas as pessoas independentemente do que fazem(profissão) têm mérito por aquilo que o executam.Por exemplo um médico que salva tantas vidas não ganha metade do que um jogador.
A distribuição de rendimentos deve ser repartida consoante aquilo que as pessoas contribuem para a sociedade.

Anónimo disse...

Nozick diz que acreditamos que existem maneiras de compensar as desigualdades não escolhidas, mas que o problema está em deixar de lado os nossos próprios direitos em relação aos direitos gerais.

Ana Rita Almeida nº2 10ºC

anacruz disse...

Segundo Nozick temos percepções fortes a favor da compensação de desigualdades não escolhidas; o problema é que os nossos direitos sobre as nossas posses e rendimentos não deixam espaço para direitos gerais. Não devemos tirar o merito ao talento as pessoas e estas devem ser recompensadas de alguma maneira pelo talento que têm, devem ser respeitadas, tal como todas as pessoas e admiradas.

José Alexandre Teixeira disse...

Se uma pessoa tiver grandes aptidões para uma coisa deve tirar o máximo de partido que pode. Alguem que seja um grande programador de computadores e receba um mísero salário mas, à custa do seu trabalho uma empresa tem grandes avanços na tecnologia. E alguém que seja jogador de golfe, por exemplo que apenas por aparecer em algumas capas de revistas e representar marcas desportivas seja "coberto em ouro" e que o seu contributo para a sociedade é, quase nenhum, visto que apesar do golfe ser um desporto lúdico não tem grande valor para o funcionamento da sociedade. A distribuição da riqueza por vezes está deficiente e mal organizada.

Roxanne, 10ºC, nº19 disse...

Nozick aceita que temos intuições poderosas a favor da compensação de desigualdades não escolhida, pois, o facto de nascermos beneficiados com algum talento, nao é culpa nossa, e se podermos tirar proveito disso ainda melhor.. o problema é que os nossos direitos particulares sobre as nossas posses e rendimentos não deixam espaço para direitos gerais.

Carolina Silva, nº8 10ºC disse...

Nozick diz acreditar que existe instituições a favor da compensação de desigualdades não escolhidas. Eu concordo com esta teoria, apesar de tirarmos mérito de pessoas que são benefeciadas por outras pessoas que pagam para a ouvir, para a ver, isso dependendo do que fizer.