Tem a pessoa direito de renunciar à vida?
A partir do instante em que adquire uma consciência ética, categoricamente, sim.
PRIMEIRO, porque tem capacidade para fazer um juízo de valor sobre o sentido da vida como um todo genérico e dos seus entrelaçados direitos pessoais e colectivos.
SEGUNDO, porque é capaz de compreender o valor da sua vida individual e as consequências de renunciar a ela conscientemente.
Assim, a morte como um acto de liberdade é uma reflexão exclusivamente pessoal. O grau de compreensão, aceitação e tolerância social, se bem que possam servir de pontos de referência, não devem ser determinantes na hora de exercer um direito que é exclusivamente pessoal.
Em casos de doença irreversíveis e de defeitos físicos que incapacitam a pessoa para sobreviver por si mesma – tetraplegia, por exemplo -, quase toda a gente afirma compreender as razões. Ou seja, o desejo comum, o senso comum, considera as referidas circunstâncias não desejáveis. A tolerância, pelo menos, perante a opção de renunciar a elas mostraria a superioridade dos dominantes.
A partir do instante em que adquire uma consciência ética, categoricamente, sim.
PRIMEIRO, porque tem capacidade para fazer um juízo de valor sobre o sentido da vida como um todo genérico e dos seus entrelaçados direitos pessoais e colectivos.
SEGUNDO, porque é capaz de compreender o valor da sua vida individual e as consequências de renunciar a ela conscientemente.
Assim, a morte como um acto de liberdade é uma reflexão exclusivamente pessoal. O grau de compreensão, aceitação e tolerância social, se bem que possam servir de pontos de referência, não devem ser determinantes na hora de exercer um direito que é exclusivamente pessoal.
Em casos de doença irreversíveis e de defeitos físicos que incapacitam a pessoa para sobreviver por si mesma – tetraplegia, por exemplo -, quase toda a gente afirma compreender as razões. Ou seja, o desejo comum, o senso comum, considera as referidas circunstâncias não desejáveis. A tolerância, pelo menos, perante a opção de renunciar a elas mostraria a superioridade dos dominantes.
SAMPEDRO, Ramón, Cartas do Inferno, 2005. Lisboa: Publicações D. Quixote, pp 200- 201
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