O argumento [do apostador] parte da posição de um agnóstico, isto é, alguém que acredita que não existem dados suficientes para decidir se Deus existe ou não. Um agnóstico acredita que é genuinamente possível que Deus exista, mas que não há dados suficientes para decidir a questão com toda a certeza. Um ateu, pelo contrário, acredita geralmente que existem dados conclusivos a favor da inexistência de Deus.
O argumento do jogador é o seguinte. Uma vez que não sabemos se Deus existe ou não, estamos numa posição muito semelhante à de um apostador antes de uma corrida de cavalos se ter realizados ou antes de uma carta ter sido voltada. Precisamos por isso de calcular as hipóteses que temos. Mas ao agnóstico pode parecer que tanto a existência como a inexistência de Deus são igualmente prováveis. A atitude do agnóstico consiste em ficar indeciso, sem tomar nenhuma decisão em nenhuma das direcções. O argumento do apostador, contudo, afirma que a coisa mais racional a fazer é procurar que a hipótese de ganhar seja tão grande quanto possível, ao mesmo tempo que a possibilidade de perder seja tão pequena quanto possível: por outras palavras, devemos maximizar os ganhos possíveis e minimizar as perdas possíveis. De acordo com o argumento do apostador, a melhor forma de alcançar este objectivo é acreditar em Deus.
Há quatro resultados possíveis. Se apostarmos na existência de Deus e ganharmos (i. e., se Deus existir), ganhamos a vida eterna – um excelente prémio. O que perdemos se apostarmos nesta opção e verificarmos que Deus não existe não é muito, se compararmos com a possibilidade da vida eterna: podemos perder alguns prazeres mundanos, perder muitas horas a rezar e viver as nossas vidas debaixo de uma ilusão. Contudo, se escolhermos apostar na opção da inexistência de Deus e ganharmos (i. e., se Deus não existir), viveremos uma vida sem ilusão (pelo menos neste aspecto) e teremos a liberdade de gozar os prazeres desta vida sem medo do castigo divino. Mas, se apostarmos nesta opção e perdermos (i. e., se Deus existir), perdemos pelo menos a possibilidade da vida eterna e podemos mesmo correr o risco da condenação eterna.
Pascal defendeu que, enquanto apostadores perante estas opções, o curso de acção mais racional será acreditar que Deus existe. Assim, se tivermos razão, estaremos em posição de obter a vida eterna. Se apostarmos na existência de Deus e não tivermos razão, não estaremos em posição de perder tanto quanto estaríamos se escolhêssemos acreditar na inexistência de Deus e não tivéssemos razão. Logo, se queremos maximizar os nossos ganhos possíveis e minimizar as nossas perdas possíveis, devemos acreditar na existência de Deus.
WARBURTON, Nigel, Elementos Básicos de Filosofia, 1998. Lisboa: Gradiva, pp. 58-59
Por que razão acha Pascal que só nos resta apostar de modo, a justificar a crença em Deus? (Deixa a tua resposta na caixa dos comentários.)
Por que razão acha Pascal que só nos resta apostar de modo, a justificar a crença em Deus? (Deixa a tua resposta na caixa dos comentários.)
21 comentários:
Pascal acha que devemos acreditar na existência de Deus pois se calcularmos os ganhos e as perdas da nossa decisão iremos claramente confirmar que ganharíamos muito mais se acreditarmos na existência de Deus. pois se acreditarmos que Deus existe e ele realmente existir ganharemos a eternidade mas se pelo contrario ele não existir o pouco que perdemos são umas horas de missa ou uma vida de ilusões mas isto não muda nada, enquanto se não acreditarmos na existência de Deus após a morte perderemos tudo.
Pascal acha que devemos acreditar em Deus porque os ganhos obtidos se Deus existir são muito grandes(vida eterna) e se Deus não existir as perdas são pequenas(acreditamos numa ilusão e andamos a rezar em vão), mas nada comparado com um agnóstico ou com um ateu que não acreditam que Deus exista,mas se Deus existir irão perder uma vida eterna ou até serem castigados com uma condenação eterna, ou seja, uma grande perda e se Deus não existir só ganham em termos morais, não acreditam numa ilusão, ou seja, pouco ganham.
Por isso, chegamos à conclusão que a melhor opção a tomar é acreditar em Deus
Pascal acredita que a unica saída que nós temos é acreditar em Deus pois se medirmos as vantagens e desvantagens iremos preferir obiamente acreditar em Deus, visto que se acrediatr-mos e ele exista realmente ganhamos a vida eterna e se ele nao existir perdemos umas horas na igreja, mas se nao acreditamos e se ele existe perdemos a vida eterna se nao existir não perdemos nada.
Carolina Almeida nº9 10ºC
Pascal pensa que devemos acreditar em Deus, porque se acreditarmos nele e ele realmente existir, os ganhos são muitos (teremos uma vida eterna de compensação), mas se pelo contrário ele não existir, não perdemos muito, a penalização máxima que podemos ter é uma desilusão.
Caso não acreditemos na sua existência, e ele exista, temos muito a perder (teremos uma vida eterna de "castigo"), mas se ele não existir, tal como nós pensávamos, apenas teremos o ganho de não ter vivido uma vida de ilusão.
Por isso mesmo é preferível acreditar em Deus, já que os ganhos são maiores, do que não acreditar (ser ateu).
Sara Fernandes n.º20 10.ºC
Pascal defende que a opção mais racional será acreditar que Deus existe. Assim, se tivermos razão, estaremos em posição de obter a vida eterna. O que perdemos se apostarmos nesta opção e verificarmos que Deus não existe não é muito, se compararmos com a possibilidade da vida eterna: acreditar numa falsidade / ilusão. Contudo, se escolhermos apostar na opção da inexistência de Deus e se Deus não existir, viveremos uma vida sem ilusão. Mas, se apostarmos nesta opção e se Deus existir, perdemos pelo menos a possibilidade da vida eterna e podemos mesmo correr o risco da condenação eterna. Sendo assim, se apostarmos na existência de Deus e não tivermos razão, não estaremos em posição de perder tanto quanto estaríamos se escolhêssemos acreditar na inexistência de Deus e não tivéssemos razão. Logo, se queremos maximizar os nossos ganhos possíveis e minimizar as nossas perdas possíveis, devemos acreditar na existência de Deus.
Pascal acha que só nos resta apostar de modo a justificar a crença de Deus pois a opção mais racional será acreditar que Deus existe. Pois se tivermos razão e de facto Deus existir, estaremos assim em posição para obter a vida eterna.
O que perdemos se apostarmos que Deus existe e muito pouco comparativamente com o que perdemos de não acreditarmos. se acreditarmos e isso depois não se verificar só perdemos no ponto de a nossa vida ter sido uma ilusão/falsidade, contudo se não acreditarmos e depois Deus existir perdemos o direito à vida eterna.
ainda assim, se apostarmos que Deus não existe e se de facto depois comprovarmos isso, viveremos uma vida sem ilusão. Mas, se apostarmos que Deus não existe e se Deus existir, perdemos pelo menos a possibilidade da vida eterna e podemos mesmo correr o risco da condenação eterna. ´
assim sendo, se apostarmos na existência de Deus mas depois depois não termos razão, não estaremos em posição de perder tanto quanto estaríamos se escolhêssemos acreditar na inexistência de Deus e não tivéssemos razão.
Portanto, se queremos maximizar os nossos ganhos possíveis e minimizar as nossas possíveis perdas, devemos acreditar na existência de Deus.
Tatiana Raquel Gomes nº 22...10ºC
Pascal pensa que devemos acreditar em Deus, porque se acreditarmos nele e ele realmente existir, os ganhos são muitos (teremos uma vida eterna de compensação), mas se pelo contrário ele não existir, não perdemos muito, a penalização máxima que podemos ter é uma desilusão.
Caso não acreditemos na sua existência, e ele exista, temos muito a perder (teremos uma vida eterna de "castigo"), mas se ele não existir, tal como nós pensávamos, apenas teremos o ganho de não ter vivido uma vida de ilusão.
Por isso é preferível acreditar em Deus, do que não acreditar.
Como sabemos se Deus existe ou não?
Não sabemos... e por isso é que existem dilemas á cerca deste assunto.
Pascal acha que a melhor opção é acreditarmos na existência de Deus, pois ao "fazer as contas" o saldo mais favoravel é acreditar na existencia de Deus.
Pascal diz que, se acreditarmos que Deus existe, e se ele existir, ganhamos a vida eterna, e se ele não existir só ganhamos uma desilusão. Se acreditarmos que ele não existe e ele não existir, ganhamos o facto de nao termos vivido numa ilusão, mas se ele existir, então ganhamos uma enorme desilusão e castigo.
MAS, como saberemos nós se Ele realmente existe ou não?
Vamos supor que sabemos se Ele existe ou não. imaginemos uma pessoa muito, mesmo muito agarrada à religião e acredita mesmo na existencia Dele, e imaginemos que sabemos que Ele existe, essa pessoa ganha tudo, ganha orgulho , vida eterna e tudo mais. Mas suponhamos que Ele não existe, perde tudo mesmo tudo, perde o sentido da vida, perde a vontade de viver....
Pascal pensa que ganhamos mais se apostarmos na existência de Deus, mas eu penso que não é bem assim, pois como expliquei neste caso, talvez a perda seja maior que o ganho.
Maria Corujo nº24 10ºC
Pascal acha que a opção mais correcta será acreditar que Deus existe. Assim, se tivermos razão, obteremos a vida eterna. O que perdemos se apostarmos nesta opção e verificarmos que Deus não existe: acreditar numa falsidade / ilusão.Mas, se apostarmos nesta opção e se Deus existir, perdemos pelo menos a possibilidade da vida eterna e podemos mesmo correr o risco da condenação eterna.por isso, se queremos aumentar os nossos ganhos possíveis e minimizar as nossas perdas possíveis, devemos acreditar na existência de Deus.
Pascal diz que devemos acreditar em deus pois se acreditarmos e ele existir os ganhos são maiores que as perdas e se não acreditarmos e ele existir as perdas são muito grandes e não temos ganhos nenhuns
O argumento do apostador afirma que a coisa mais racional a fazer é procurar que a hipótese de ganhar seja tão grande quanto possível, ao mesmo tempo que a possibilidade de perder seja tão pequena quanto possível, ou seja, devemos maximizar os ganhos possíveis e minimizar as perdas possíveis. Assim, a melhor forma de alcançar este objectivo é acreditar em Deus.
Se apostarmos na existência de Deus e ganharmos, ganhamos o direito a vida eterna mas caso ele não exista e perdermos, não perdemos muito comparando com o que perderiamos se apostassemos na inexistencia de Deus, e ele existir.
Assim, Pascal defendeu que, o curso de acção mais racional será acreditar que Deus existe. E se tivermos razão, estaremos em posição de obter a vida eterna. Logo, se queremos maximizar os nossos ganhos possíveis e minimizar as nossas perdas possíveis, devemos acreditar na existência de Deus.
Pascal defende que devemos apostar e agir como um crente em Deus porque se não acreditar-mos na sua existência e ele existir de verdade então estaremos a perder um bem precioso, a vida eterna... Podemos também correr o risco de Deus não existir e sendo assim teremos vivido toda uma vida enganados mas Pascal considera que Os ganhos, caso Deus exista são superiores às perdas, caso Deus não exista...
Um agnostico é alguem que nem acredita em Deus nem acredita que Ele não existe.
Portanto, há uma contradição. Mas Pascal tenta dar uma explicação para acreditarmos que Deus existe. Pascal diz-nos que, se acreditarmos na existencia de Deus e se isto estiver errado, perdemos menos do que se não acreditassemos na existencia de Deus e estivermos errados.
Pascal pensa que devemos acreditar em Deus. Um agnóstico é aquele que nem acredita em Deus, nem acredita que ele não existe. Mas Pascal diz que se acreditarmos em Deus e ele realmente existir, ganhamos muito futuramente, uma vida eterna compensada… Mas se Deus não existir, também não ficaremos a perder, apenas teremos uma desilusão. Se não acreditarmos nele , e ele realmente não existir não sofreremos futuramente de uma desilusão. Mas teremos uma vida eterna de castigo. Portanto, será melhor ser ateu, crente em Deus.
marcia nº13 10c
Pascal pensa que devemos acreditar em Deus, porque se acreditarmos nele e ele realmente existir, os ganhos são muitos (teremos uma vida eterna de compensação), mas se pelo contrário ele não existir, não perdemos muito, a penalização máxima que podemos ter é uma desilusão. Mas, se apostarmos que Deus existe, perdemos pelo menos a possibilidade da vida eterna e podemos mesmo correr o risco da condenação eterna.por isso, se queremos aumentar os nossos ganhos possíveis e minimizar as nossas perdas possíveis, devemos acreditar na existência de Deus.
Na minha opinião é através da fé que podemos acreditar em alguma coisa se não existirem provas (é até a unica hipotese).
Se a razão é incapaz de provar se Deus existe ou não, a opção que temos é optar pela melhor.
Temos, assim, que analisar os dados - é racional apostar naquela que nos der mais lucro e menos perdas (ou sela, MAXIMIZAR AS VANTAGENS E MINIMIZAR AS PERDAS).
---Assim, devemos apostar na existencia de Deus.
O argumento do apostador afirma que a coisa mais racional que se deva fazer é tentar fazer a hipotese de ganhar o máximo possível simultaneamente com a possibildiade de perder seja pouca. Tem que se fazer um cálculo do bom (+) com o menos (-) Assim, a melhor forma de alcançar este objectivo é acreditar em Deus.
Se acreditarmos em Deus, ganhamos tudo; se não acreditarmos perdemos o direito a vida eterna. Por isso, este argumento afirma que devemos acreditar que Deus existe pois o que ganhamos é muito superior ao que perdemos
Pascal acha que só temos ganho em apostar que Deus existe, pois se contrabalançarmos as coisas veremos que só temos a ganhar: Se passarmos a vida a pensar que Deus existe e imediatamente associarmos isso ao facto de haver vida para alem da morte, e realmente haver, "ganhamos", mas se ela e Ele tambem não existirem também não perdemos nada.. Se passarmos a vida a apostar que Deus não existe, e logo, a não acreditar na vida para alem da morte, mas ela e Ele realmente existirem teremos perdido, pois já não teremos direito a ela.
Porque ao acreditarmos em Deus, em ter mos fé nele, a nossa fé é grande mas se ele existir nós não temos nada a perder, mas sim a granhar, e se ele não existir nós também não temos nada a ganhar mas perdemos algo, mas pequeno e insignificante.
pascal atribui mais conteúdo à idéia de Deus, do que não ter conteúdo esta mesma idéia. portanto, se apostamos num Deus que tem conteúdo, que nos faz bem, que nos traz felicidade e nos viver eticamente, ganharemos a aposta!
O argumento do apostador formulado por Blaise Pascal, na minha opinião, não tem como finalidadade demonstrar a existência de Deus. A aposta de Pascal apenas nos diz que, para o próprio, devemos apostar (acreditar) em que Deus existe ou em que Deus não existe. Se Deus não existe, a aposta/crença não fará diferença. No entanto, se existir, obtemos algo. Desta forma Pascal implica que uma pessoa sentata deve acreditar (apostar) que Deus existe. Este argumento do apostador não nos oferece quaisquer dados para convencer que Deus existe, diz-nos apenas que, como apostador, será uma boa ideia passar a acreditar que isso é verdade.
A aposta de Pascal consiste na crença como algo que nos pode dar vantagens. Pascal acha que devemos acreditar na existência de Deus pois se avaliarmos entre os ganhos e as perdas da nossa decisão iremos perceber que ganharíamos muito mais acreditando na existência de Deus. Se acreditarmos que Deus existe e ele realmente existir o nosso "ganho" seria a eternidade ou a vida eterna, mas se pelo contrario ele não existir o pouco que perdemos são por exemplo o tempo perdido a rezar, no entanto, isso não muda nada, enquanto se não acreditarmos na existência de Deus após a morte não teremos a vida eterna desejada nem a força da fé.
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