A ironia da sociedade liberal ocidental é que tem de restringir a liberdade e esconder pessoas inocentes que exerceram o direito à liberdade de expressão, enquanto aqueles que iriam destruir a nossa liberdade têm as suas liberdades protegidas, de tal modo que andam pelas ruas das nossas cidades e é-lhes permitida ampla oportunidade para exercer actos de violência.
No terrorismo antigo poderíamos contar com o facto de os terroristas valorizarem as suas próprias vidas, mas os terroristas modernos estão dispostos a matar-se nas suas missões para destruir os infiéis e qualquer pessoa que seja vista como inimiga. Os atentados bombistas suicidas tornaram-se numa marca da jihad islâmica, Hezbollah e Al-Qaida.
Se quisermos derrotar o terrorismo moderno, temos de estar tão vigilantes e comprometidos coma democracia liberal como estes terroristas estão com o fundamentalismo islâmico. Estamos em guerra com o terrorismo, mas vencer tal guerra implica dar os passos necessários para derrotar o nosso inimigo sem perdermos as nossas próprias almas. Isso significa que temos de arranjar uma forma de promover as nossas liberdades e espalhar a tolerância, tomando, no entanto, os passos necessários para truncar as oportunidades favoráveis ao terrorismo. Temos de estar dispostos a modificar alguns dos nossos direitos civis, incluindo, em alguns casos extremos, a limitação do habeas corpus de modo a defendermos destes inimigos tudo o que valorizamos. Temos de aprender a viver com um maior escrutínio dos suspeitos de terrorismo sem cairmos no racismo ou numa cega retaliação vingativa.
POJMAN, Louis, Terrorismo, Direitos Humanos e a Apologia do Governo Mundial, 1ª edição, 2007. Lisboa: Editorial Bizâncio, pp. 46-49
No terrorismo antigo poderíamos contar com o facto de os terroristas valorizarem as suas próprias vidas, mas os terroristas modernos estão dispostos a matar-se nas suas missões para destruir os infiéis e qualquer pessoa que seja vista como inimiga. Os atentados bombistas suicidas tornaram-se numa marca da jihad islâmica, Hezbollah e Al-Qaida.
Se quisermos derrotar o terrorismo moderno, temos de estar tão vigilantes e comprometidos coma democracia liberal como estes terroristas estão com o fundamentalismo islâmico. Estamos em guerra com o terrorismo, mas vencer tal guerra implica dar os passos necessários para derrotar o nosso inimigo sem perdermos as nossas próprias almas. Isso significa que temos de arranjar uma forma de promover as nossas liberdades e espalhar a tolerância, tomando, no entanto, os passos necessários para truncar as oportunidades favoráveis ao terrorismo. Temos de estar dispostos a modificar alguns dos nossos direitos civis, incluindo, em alguns casos extremos, a limitação do habeas corpus de modo a defendermos destes inimigos tudo o que valorizamos. Temos de aprender a viver com um maior escrutínio dos suspeitos de terrorismo sem cairmos no racismo ou numa cega retaliação vingativa.
POJMAN, Louis, Terrorismo, Direitos Humanos e a Apologia do Governo Mundial, 1ª edição, 2007. Lisboa: Editorial Bizâncio, pp. 46-49
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